Publicado em 19/10/2020 às 20:30:01
Luan Santana falou pela primeira vez sobre o fim do noivado com Jade Magalhães. O cantor, que está em Tulum (México), relembrou em um longo texto no Instagram, nesta segunda-feira (19), o início do namoro, há 12 anos, os momentos íntimos e o último encontro antes da viagem internacional.
"Algumas semanas atrás terminamos. Choramos tanto que parecia que ia acabar o estoque de lágrimas dos olhos. Nos abraçamos tanto que parecia que ia dar cãimbra nos cotovelos... mas no fim, deixamos o destino fazer o trabalho dele", escreveu Luan em seu perfil no Instagram.
"Hoje, sentado nesse sofá listrado, olhando a lua pela janela, do outro lado do oceano, vejo que as lágrimas daquele momento eram metade tristeza, metade gratidão recíproca por uma história linda que vivemos. Épica. Agora vejo que os abraços daquela hora não estavam dizendo 'adeus', e sim 'vai ficar tudo bem', ga. E vai", concluiu.
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Jade foi a primeira a anunciar o fim do noivado com Luan. Ela postou a foto de um balão, o mesmo em que ela foi pedida em noivado, e na legenda, confirmou o fim da relação.
"Eu sempre acreditei no amor e nas coisas mais puras e lindas que ele nos proporciona. Durante esses 12 anos, dancei e me joguei de cabeça até a música acabar. Com o coração apertado, venho aqui compartilhar o fim da minha história com o Luan", começou.
Em outro momento, ela ainda afirmou que vai seguir em frente, e que está bem, e agradeceu o carinho dos fãs. "Preciso aceitar e seguir em frente. Me sinto tranquila e em paz por ter dado o melhor de mim até o fim. Algumas situações nem sempre são da maneira que gostaríamos que fossem. Não é fácil fechar a porta daquilo que, por anos, acreditei ser minha felicidade. A vida continua e chegou a hora de renascer! Não tenho palavras pra agradecer as mensagens desejando o meu melhor e também àqueles que sempre estiveram do meu lado. Obrigada por todos esses anos de tanto carinho", concluiu.
Conheci a Jade no palco. Ela topou dançar comigo, em um número do meu show. Tinha um jeitinho tímido, olhar de menina e cabelos longos e negros que chegavam na cintura. Vestia uma blusa vermelha e um jeans colado que me causou um formigamento estranho nas mãos. E então, aconteceu algo enquanto dançávamos: senti cheiro de vida no pescoço dela.
Mas não era a época certa para interpretá-lo, afinal, eu era um adolescente começando a viver as maravilhas de uma fama estrondosa e repentina. Meu primeiro pensamento foi: “quero levar ela pro hotel depois do show.” Foi isso que pensei, foi isso que eu falei no ouvido dela. A resposta foi um 'não' desses bem grandes - até porque eu tremi o lábio um pouco quando fiz a pergunta, e devo ter passado insegurança pra ela. Ou ela simplesmente me achou parecido com uma lombriga. É, deve ter sido isso. Mas eu estava bem, ela também e a vida seguiu.
Um dia achei a Jade no Orkut. Lembrei daqueles olhos na hora. Começamos a conversar. No orkut consegui o MSN. No MSN consegui o telefone. Aliás sempre foi assim, inclusive depois que começamos a namorar, sempre passo a passo, sempre sem pressa, vivendo nossas fases com paciência.
Fizemos vários assaltos à geladeira na madrugada pra pegar barra de chocolate pela metade, um litro de coca-cola pela metade, colocar Stranger Things e ver ela dormir lá pela metade do episódio. Viajamos o mundo em poltronas lado a lado no avião, assistindo ao mesmo filme, apertando play ao mesmo tempo e reclamando do gosto das comidas com tempero estranho que eles serviam.
Nunca gostamos muito de vinho, mas a gente tomava mesmo assim, porque parece que todo casal tem que tomar vinho pra ser romântico. Jade gosta mais de gin tônica e eu de campari e uísque, mas tomamos champanhe quando ficamos noivos naquele balão em Portugal. Foi uma tarde de estrelas.
Lembro que ficamos bêbados uma vez (ou muitas) em Trancoso, e fizemos amor numa casa na árvore, sentindo a brisa do mar. Foi uma noite de estrelas.
Algumas semanas atrás terminamos. Choramos tanto que parecia que ia acabar o estoque de lágrimas dos olhos. Nos abraçamos tanto que parecia que ia dar cãimbra nos cotovelos... mas no fim, deixamos o destino fazer o trabalho dele.
Hoje, sentado nesse sofá listrado, olhando a lua pela janela, do outro lado do oceano, vejo que as lágrimas daquele momento eram metade tristeza, metade gratidão recíproca por uma história linda que vivemos. Épica. Agora vejo que os abraços daquela hora não estavam dizendo ‘adeus’, e sim ‘vai ficar tudo bem’, ga’. E vai.
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