Publicado em 28/03/2022 às 23:06:30,
atualizado em 29/03/2022 às 09:28:14
Após quase dois anos de expectativas, desde que a Globo anunciou que faria o remake, Pantanal estreou nesta segunda-feira (28) na faixa das 21h. Com texto de Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, responsável por criar a história em 1990 na Manchete, e direção artística de Rogério Gomes, o primeiro capítulo deu muito tempo de arte a um Irandhir Santos em estado de graça, mas também para lembrar o público brasileiro o que é uma novela de verdade.
Após Amor de Mãe em duas temporadas, uma entre 2019 e 2020 e a outra em 2021, com a paralisação no meio por causa da pandemia de Covid-19, e de Um Lugar ao Sol, além das reprises, finalmente o público teve a chance de rever uma produção que tem cara da telenovela brasileira e que não se envergonha disso. Da primeira à última cena de Pantanal, tudo respirava o formato que consagrou o país ao redor do mundo.
Bruno Luperi não abriu mão de sequências que estavam na memória afetiva do público que viu a primeira versão, como a cena em que José Leôncio diz seu nome pela primeira vez, avisando que ali estava o verdadeiro protagonista da saga. Mas também não fugiu de mostrar identidade própria ao construir a lenda do Velho do Rio com uma característica peculiar e a primeira sequência icônica em que Joventino (Irandhir Santos) imita uma sucuri para hipnotizar o boi Marruá,
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Além disso, o autor não abriu mão do didatismo, afinal trata-se de uma novela com diversas passagens de tempo e que acontece em vários locais até chegar ao Pantanal. Para isso, ele dedicou o primeiro bloco inteiro para mostrar como o "mineirinho" vira José Leôncio e como a família chega ao local. Só após o primeiro intervalo (a estreia teve três) é que o telespectador foi apresentado à outra personagem inesquecível: Maria Marruá.
Nas mãos de uma Juliana Paes completamente entregue, o que é uma de suas características, a história do nascimento de Juma, personagem mais icônica fora da Globo, começou lentamente e ainda nem avançou ao ponto do público conhecê-la. Aliás, se a estreia teve um ponto baixo, foi justamente este: o núcleo Marruá foi um tanto quanto arrastado, se comparado ao outro.
Mas não se trata apenas de uma estreia com ótimo roteiro e com atores deslumbrantes. Papinha entendeu que Pantanal é mais que uma novela, é uma telenovela. Ele abusou das paisagens e produziu sequências lindas sem que uma frase sequer fosse dita. Quem quiser assistir e entender a novela, vai ter que deixar a rede social de lado e olhar para a TV porque as informações estão no visual, muito mais que no texto.
Após muita expectativa, agora resta acompanhar a saga de José Leôncio, o nascimento de Juma e a sequência de cenas icônicas que há 30 anos permeiam a mente do público. A julgar pelo primeiro capítulo, a expectativa está alta, já que a produção marcou 28 pontos de média segundo dados prévios da Kantar Ibope na Grande SP, maior que todos os capítulos de sua antecessora. E valeu cada minuto porque foi de encher os olhos essa estreia.
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