Fora do ranking

Com Lula, Jovem Pan e CNN derrapam e perdem verbas do governo federal

A Globo é a emissora que lidera os recursos de publicidade atualmente


Lula falando em microfone e gesticulando, de camisa social branca
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou seu terceiro mandato em janeiro - Foto: Agência Brasil
Por Jéssica Alexandrino, com Daniel César

Publicado em 26/07/2023 às 04:00,
atualizado em 26/07/2023 às 12:59

Nos primeiros seis meses do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Jovem Pan e a CNN Brasil perderam verbas que recebiam por anúncios do governo federal. Sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as emissoras apareciam em 12º e 15º lugar, respectivamente, no ranking dos 15 veículos com maiores valores de contrato, mas sob o novo comando sumiram da listagem.

De acordo com uma compilação feita pelo jornal Folha de S.Paulo a partir de dados do portal de transparência da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República, a JP embolsava 2% dos investimentos destinados a propagandas do órgão e dos ministérios. Já a CNN era a detentora de 1% dessas cifras nos últimos quatro anos.

Sem o apoio de Bolsonaro, os dois canais deixaram de figurar entre os veículos beneficiados pelos recursos de anúncios do governo federal. As informações englobam o primeiro semestre de 2023, mas não incluem os pagamentos referentes às propagandas de bancos públicos e de empresas estatais, como a Petrobrás, já que esses números são mantidos em sigilo.

Coincidência ou não, a Jovem Pan é acusada de ser alinhada ideologicamente com o governo Bolsonaro e está, inclusive, responder a diversos processos judiciais. A emissora corre até o risco de sair do ar por conta de um processo milionário movido pelo Ministério Público.

Além da Jovem Pan e da CNN Brasil, outras emissoras também perderam investimentos sob o comando de Lula. Na antiga gestão, o primeiro lugar no ranking dos maiores valores de contrato era ocupado pela Record, que também apoiava o ex-mandatário e, em quatro anos, recebeu cerca de R$ 200 milhões em campanhas publicitárias da Secom e de seus ministérios. Antes, o canal de Edir Macedo somava 22% das verbas. Agora, essa porcentagem caiu para 13%.

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O topo da listagem voltou a ser ocupado pela Globo, que mantém uma relação mais amistosa com a atual gestão e cujos valores saltaram de 20 para 57%. Apenas nesse primeiro semestre, a ex-vênus platinada faturou cerca de R$ 54,4 milhões com anúncios do governo federal.

Questionada sobre a divisão dos recursos de propagandas, a Secom informou que "os grupos mencionados" têm uma quantidade diferente de veículos e que o portal de despesas está "em constante atualização". A secretaria não revelou qual critério utiliza para distribuir essas verbas, mas disse que faz uso de "normativos e estudos técnicos apresentados pelas agências. Tais como: audiência, segmento, cobertura, etc."

A Globo é líder de audiência no Brasil na TV aberta, ocupando cerca de 50% de participação do público. A emissora, no entanto, é responsável por 70% da fatia no mercado publicitário por conta da grade fixa e dos anos de liderança.

Confira o ranking:

Com Lula, Jovem Pan e CNN derrapam e perdem verbas do governo federal

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