Gustavo Mendes admite que se equivocou sobre assalto e lamenta: "Poderia estar morto"

O humorista Gustavo Mendes, famoso por imitar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), voltou a falar sobre o episódio de violência que sofreu no último dia 5, ao deixar um bar na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, e admitiu que se equivocou ao denunciar o caso como uma tentativa de assalto, mas destacou a gravidade da agressão que sofreu: "Eu poderia estar morto".

"O inquérito da polícia civil parece que está concluído, eu não tenho certeza, eu venho aqui esclarecer para exatamente o que aconteceu. Primeiro, eu preciso lembrar para vocês que eu tomei duas pedradas na cabeça bem fortes. Não aconteceu o pior, mas foram [pedradas] dadas para matar [de acordo com a análise de imagens de câmeras pela polícia]. E quando você leva uma pancada na cabeça, você não lembra o que aconteceu", iniciou ele.

Na sequência, Mendes voltou a contar como tudo ocorreu. "Foi uma noite e eu estava num bar e, obviamente, bebi, eu não lembrava que eu tinha encontrado com a mulher desse rapaz que me atacou. Então, segundo as imagens do inquérito da polícia, eles chegaram à conclusão de que uma mulher me parou às quatro da manhã para pedir dinheiro, maltrapilha, uma andarilha mesmo. E eu dou uma resposta ríspida para ela, que é uma resposta que eu costumo dar para não parar. Eu não queria parar, estava com medo, de madrugada na rua", seguiu.

VEJA TAMBÉM

---

Telejornal da Globo diz que nazismo não é de extrema-direita; trecho é cortado no Globoplay

Só com ESPN, Disney cobra caro para operadoras e gera reclamações e medo de apagão

Cauê Campos, o Basílio de Garota do Momento: "Pela 1ª vez estou sendo visto como adulto"

"Ela me pede dinheiro e eu tenho uma frase que eu sempre digo quando me pedem: 'Você tem dinheiro para me dar?' Eu digo: 'Tenho, mas não vou'. Eu disse essa frase para ela e saí. Ela foi, falou para o marido dela, que estava vindo logo atrás e ele veio tirar satisfação comigo. Tanto que estou tranquilo com meu celular e eles não são bandidos, não tem nada de roubo contra eles", explicou ele.

Gustavo Mendes falou, então, o motivo de ter se assustado. "Enfim, quando ele vem para cima de mim tirar satisfação, ele bota a mão debaixo da camisa, ele diz isso em depoimento, então eu fiquei com medo, fiquei apavorado, achei que era uma tentativa de assalto, tinha uma pessoa comigo e aí eu começo uma pequena discussão, dizendo: 'Você está querendo me assaltar, quem você está pensando que você é? Sai daqui, corre daqui'. Falo bem frio, bem agressivo isso. Ele vai e pega duas pedras e me tampa para me acertar e matar", lamentou.

"E sai fugido e eu ainda vou atrás dele, porque fiquei com medo dele pensar que, ao me derrubar, eu ficaria fraco e ele pudesse me espancar. Então, eu digo isso para a polícia, porque eu vou ao hospital, sou atendido e a médica que me atendeu disse para eu ficar acordado até mais ou menos meio-dia, uma hora da tarde. É o que eu me recordo. Porque quando você toma uma agressão dessa na cabeça, você tem que se manter acordado para ver se vai ter alguma reação, o que aconteceu, enfim, não deu nada de mais", pontuou ele.

Gustavo Mendes foi acusado de mentir sobre assalto

Na semana passada, a Polícia Civil de Juiz de Fora divulgou novas informações sobre o caso do humorista Gustavo Mendes e disse que a violência que ele sofreu não foi motivada por uma tentativa de assalto, mas por uma briga. O delegado chegou a dizer que investigaria se o comediante mentiu na elaboração do boletim de ocorrência.

Nesta terça-feira (17), ainda nos Stories do Instagram, o ator disse que não pode ser julgado por ter se confundido: "Fato é que eu me equivoquei nessa denúncia, mas o ato tá ali, eu fui vítima dessa agressão, eu sofri essa agressão, eu poderia estar morto a essa hora. Nas grandes cidades, a violência vem aumentando, é um problema grave. Me julgar por eu ter me equivocado nos fatos é uma burrice".

"Eu tomei um trauma na cabeça e quero agradecer para que fique tudo esclarecido, porque nada mais importante do que a verdade. Graças ao trabalho da polícia civil, que fez esse inquérito com muita competência e muita agilidade... Fica aí meu último depoimento sobre isso tudo, porque, afinal de contas, a vida precisa seguir, a gente precisa trabalhar", finalizou, ainda com hematomas no rosto.