Alerta

Além de detonar o pulmão, os cigarros eletrônicos também podem destruir outra parte do corpo; saiba


Homem com cigarro eletrônico
Foto: Freepik

O alerta dos médicos sobre os danos causados pelos cigarros eletrônicos à saúde do corpo é cada vez mais frequente e muito preocupante. Mas pouco se fala sobre os malefícios desses dispositivos aos dentes.

Embora muitos considerem os vapes uma alternativa "menos prejudicial" ao cigarro tradicional, estudos e especialistas apontam que o uso desses dispositivos pode trazer sérios problemas dentários.

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No Brasil, o uso e a comercialização de cigarros eletrônicos são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Mas mesmo proibidos em nosso país, é muito comum encontrarmos pessoas utilizando os vapes em todos os lugares. E o pior é que existe uma epidemia silenciosa nas escolas com jovens que começam a utilizar cada vez mais cedo, botando em risco sua saúde futura.

E cada vez mais famosos falam dos malefícios dos vapes em suas vidas, como a cantora Solange Almeida e o cantor Zé Neto que, em recente entrevista ao Fantástico, contou que teve depressão e contraiu uma doença grave nos pulmões por causa do cigarro eletrônico.

Vapes não são menos prejudiciais do que cigarros normais

Muitos adolescentes utilizam os vapes pela falsa propaganda de que é menos prejudicial à saúde do que o cigarro normal. Além disso, os cigarros eletrônicos são vendidos em vários formatos e sabores, o que faz com os jovens se sintam mais atraídos.

Um dos principais vilões é a nicotina, presente tanto nos cigarros tradicionais quanto nos eletrônicos, mas nos vapes existem mais de 130 componentes tóxicos e outros desconhecidos que podem trazer grandes prejuízos a nossa saúde.

Dra. Gabriela Nicolellis, cirurgiã dentista e diretora da ClinicaGen, faz um alerta e diz que a situação é bem mais alarmante do que parece. “Os vapes favorecem o envelhecimento precoce bucal e é um perigo pois contém mais 130 componentes tóxicos que podem causar câncer e muitas outras doenças”, explica.

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Alguns dos principais efeitos negativos do cigarro eletrônico para a saúde bucal:

Danos à gengiva: O uso de cigarro eletrônico pode prejudicar a saúde das gengivas, causando inflamação, sangramentos e, em casos graves, levando à gengivite ou periodontite, que pode comprometer a estrutura de suporte dos dentes.

Ressecamento da boca: O vapor dos cigarros eletrônicos pode causar ressecamento bucal, o que reduz a produção de saliva, essencial para a proteção contra cáries e outros problemas orais. A boca seca também facilita o desenvolvimento de bactérias que causam mau hálito e cáries.

Efeito no esmalte dentário: Alguns líquidos dos cigarros eletrônicos contêm substâncias ácidas ou aromatizantes que podem desgastar o esmalte dos dentes, aumentando o risco de cáries e sensibilidade dentária.

Aumento do risco de cáries: A combinação de ressecamento da boca, redução da produção de saliva e a presença de açúcares nos líquidos dos vapes pode criar um ambiente propício para o desenvolvimento de cáries.

Manchas nos dentes: O uso contínuo de cigarro eletrônico também pode levar ao escurecimento dos dentes, criando manchas visíveis na superfície dental, semelhantes ao que ocorre com o tabaco.

“Esses cigarros modificam o PH da saliva, impactando diretamente na capacidade de neutralização. Eles reduzem o PH da boca, já que são normalmente consumidos com bebidas energéticas ou alcoólicas, e favorecem o envelhecimento bucal. É realmente um perigo sem tamanho”, finaliza Dra. Gabriela Nicolellis.

Para a proteção dos dentes e gengivas, o ideal é evitar o uso de qualquer tipo de cigarro, seja ele de tabaco ou eletrônico, e claro, manter uma boa higiene bucal e visitar o dentistas pelo menos a cada 6 meses.

E para as pessoas que buscam largar o cigarro tradicional, é essencial procurar métodos comprovados, como terapias de reposição de nicotina ou acompanhamento profissional, ao invés de recorrer ao cigarro eletrônico como uma solução definitiva achando que ele vai resolver a situação, porque não vai.

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