Opinião

Saída de ator evidencia que Renascer deve repetir maior erro de Pantanal

Novela substitui Terra e Paixão no horário nobre da Globo em janeiro de 2024


Taumaturgo Ferreira e Rodrigo Simas
Taumaturgo Ferreira interpretou José Venâncio na primeira versão de Renascer; no remake, Rodrigo Simas foi o primeiro convidado para o papel - Foto: Divulgação/Globo e Reprodução/Instagram
Por Walter Felix

Publicado em 21/09/2023 às 06:17,
atualizado em 21/09/2023 às 09:59

Próxima novela das 21h, com estreia prevista para janeiro de 2024, o remake de Renascer busca repetir o sucesso de Pantanal no horário nobre da Globo. Os autores são os mesmos, alguns atores também e, ao que parece, até mesmo os erros da produção de 2022 serão repetidos na nova trama, que substitui Terra e Paixão daqui quatro meses.

A saída de Rodrigo Simas do elenco, anunciada na semana passada, deixou isso evidente. O burburinho foi de que o ator teria recusado o papel de José Venâncio, um dos filhos do protagonista, ao descobrir que o herdeiro morre na metade da história. Ele negou que esse tenha sido o motivo de sua saída da novela, mas confirmou a morte do personagem.

“Saiu uma matéria falando que eu recusei papel em Renascer. Na verdade, não recusei porque não tinha nada certo ainda. E não é por que eu morreria na metade da novela que eu recusaria. Se o personagem for bom, pode morrer no primeiro capítulo.”

Rodrigo Simas

Na primeira versão de Renascer, exibida na Globo em 1993, José Venâncio só morreu porque houve um desentendimento entre o ator Taumaturgo Ferreira e a direção da novela. O tom empregado pelo intérprete ao personagem não agradou, e ele foi eliminado da história. Até onde se sabe, não fosse isso, o filho do protagonista seguiria vivo na trama.

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Fato semelhante ocorreu na versão de Pantanal que a Manchete exibiu em 1990. A atriz Ítala Nandi, que interpretava Madeleine, pediu para sair da novela para se dedicar a um outro projeto. Ela tinha uma das personagens mais importantes da história, que morreu em um acidente de helicóptero.

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No remake de Pantanal, esperava-se que Madeleine, então interpretada por Karine Teles, sobreviveria à tragédia. Especulou-se, ainda, que poderia ser dado um outro destino à personagem: ela passaria a emular uma das aves pantaneiras, repetindo a metáfora presente na trama, em que humanos “viravam” bichos como onça e sucuri.

A experiência em Pantanal, bem-sucedida, com alta repercussão e bons índices de audiência, pode ser um convite para que o esquema se repita em Renascer. Houve críticas ao fato de Madeleine, uma personagem querida pelo público e com muito a acrescentar a história, ter sido vetada da segundo versão só porque assim teve que ocorrer no original.

A opção de Bruno Luperi, autor do remake, foi não mexer no texto do avô, Benedito Ruy Barbosa. Essa dobradinha vai se repetir em Renascer. Pelo jeito, a adaptação novamente vai optar pelo caminho mais fácil, perdendo a oportunidade de desenvolver melhor alguns personagens, que poderiam render bastante se não fossem eliminados da história. Uma pena.

Saiba mais sobre o remake de Renascer

Renascer narra a história de amor entre José Inocêncio (Humberto Carrão) e Maria Santa (Duda Santos). Com a morte da mulher no parto, o protagonista – vivido por Marcos Palmeira na segunda fase –, passa a rejeitar o filho caçula, João Pedro (Juan Paiva). A rivalidade entre pai e filho fica acirrada quando ambos se apaixonam pela misteriosa Mariana (Theresa Fonseca).

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