Publicado em 20/08/2021 às 07:21:00,
atualizado em 20/08/2021 às 13:03:08
Chuteira Preta, série da Amazon Prime Video que vem tendo sua segunda temporada gravada em Porto Alegre, fala sobre o submundo corrupto do futebol brasileiro. Ela debate elementos obscuros do esporte, ocasionando declínios de carreiras e prejuízos financeiros milionários na indústria. "Na minha visão, retrata fidedignamente a realidade", lamenta o ator Cristiano Garcia, intérprete de Tonho.
Na série, Tonho é um morador de rua de onde saiu um grande jogador de futebol mundial chamado Kadu (Márcio Kieling). Seu personagem acaba saindo da igreja e quer se tornar o maior traficante da área, mas o retorno de Kadu da comunidade faz com que ele desvie o foco e comece a persegui-lo. Para Cristiano, a grande realidade é que o futebol no Brasil é uma grande paixão, e assim deve continuar sendo por muitos anos, mas o lado B assusta.
Segundo ele, a série mostra a corrupção em diversas esferas. "Compra de jogos, árbitros, jogadores e torcidas organizadas como mostra a série e ocorre em clubes no mundo todo", lamenta ele ao NaTelinha, que se define como um apaixonado pelo futebol e não hesitou quando recebeu o convite.
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"Agora, a percepção sobre o outro lado do futebol eu já tinha, infelizmente este lado obscuro existe e ao meu ver está longe de acabar, pois sempre tem um ser humaninho pronto pra fazer alguma besteira. Após muito tempo das gravações e muitos roubos e desastres no futebol, infelizmente para o futebol e felizmente para minha vida, diminui drasticamente o esporte da forma que acompanhava antes", lamenta.
Assim como a Amazon, outros serviços por streaming estão investindo cada vez mais no Brasil. E ele comemora: "Isso é incrível. Gera muito mais emprego e renda, gera mais possibilidades e muito mais descoberta de talentos. Essa explosão era super necessária e ainda acontecer, precisamos mais e está acontecendo, mas ao mesmo tempo, temos que olhar para a preparação do ator e das equipes, pois muitas produções vão exigir a fala em inglês e isso será um diferencial e todos nós".
Cristiano viveu recentemente o Príncipe Nader em Gênesis, que era virgem aos 30 anos de idade. Ele fez parte dos mais de 430 atores que participaram da trama. "Ele [personagem] não existe na Bíblia, foi criado para ajudar a contar as histórias. Fui buscar as informações, primeiro para ver essa informação, se ele existe, vi que não, depois fui ver quem era então o Avo, Rei Abimeleque. Sabia que ele era Herdeiro do Trono e teria a missão de defender o Reinado", relembra.
Para ele, a Record foi corajosa em continuar produzindo a novela. "Tudo isso foi feito até então com muita maestria e competência, trouxe alivio financeiro para diversas famílias, incluindo a minha, levando também conhecimento e alegria aos lares de todos brasileiros. A importância para o mercado é imensa", destaca.
Para compor o Príncipe Nader, sua primeira referência foi o próprio Rei Abimeleque, além da Bíblia. Depois, apostou nos estudos que chegavam da própria Record. "Todas as equipes realizam seus estudos e acho isso fundamental. A coach que nos alimentou de informações e preparo, a Suzana Abranches e ainda, por entrar após o inicio da novela, fui assistir a Genesis todos os dias para estudar e aprender, adicionar, multiplicar, ou seja, busquei preparação na própria novela", encerra.
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