Publicado em 21/03/2024 às 16:30:00
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou categoricamente que enfrenta ataques machistas e pressões políticas para que ela deixe o cargo. Em uma reunião que reuniu representantes da pasta e das secretarias municipais e estaduais de saúde, a ministra reafirmou sua determinação em permanecer no cargo, independentemente das adversidades.
Durante o encontro, Nísia relatou ter sido alvo de comentários machistas e pressões externas. No entanto, ela deixou claro que não mudará sua postura para conquistar respeito. “Permaneço no ministério por decisão do presidente Lula. Naturalmente, minha também, porque com toda a exposição, pressão, comentários machistas, etc…”, afirmou a ministra.
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A ministra tem enfrentado críticas vindas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Centrão, que busca por mais recursos na área da Saúde. Apesar disso, Nísia Trindade se mantém firme em sua posição, demonstrando resiliência diante das adversidades.
Além dos ataques pessoais, a ministra também é cobrada por questões técnicas. Problemas na condução da epidemia de dengue e a situação dos hospitais federais do Rio de Janeiro estão sob escrutínio. No entanto, Nísia afirmou que não precisa “falar grosso” para desempenhar suas funções na pasta.
“Há uma visão que a gente deve superar do que é exercer autoridade. Vamos avançar como sociedade se tivermos outro padrão, civilizado, democrático, que a gente não precise bater na mesa para ser ouvido, respeitado”, declarou a ministra.
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As discussões sobre o trabalho da ministra envolvem sugestões de que ela deveria ser “mais técnica” ou “mais política”. Nísia, no entanto, considera essa oposição um “equívoco”. “Há gosto para os dois lados e acho equívoco essa oposição, mas é isso que está posto”, prosseguiu.
Em meio à pressão para demitir a ministra, o ex-presidente Lula (PT) garantiu que ela permanecerá no cargo. O líder político também teve uma reunião com Nísia nesta terça-feira (19) e expressou sua preocupação com a demora do governo em reagir aos casos de dengue e à crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro.
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