Tentativa de golpe

Ministro diz que plano para matar Lula não se concretizou por 'detalhe'

Ministro de Lula confirmou detalhes do plano para assassinar o presidente


Lula em foto
Plano para matar Lula quase se concretizou - Foto: Reprodução/Internet

Um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, esteve muito próximo de acontecer, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta. Segundo ele, a execução do plano só não ocorreu devido a um "detalhe", que não foi especificado.

As declarações foram dadas nesta terça-feira (19), durante o G20, em meio a perguntas sobre a prisão de cinco pessoas pela Polícia Federal. Os suspeitos, incluindo quatro militares das forças especiais do Exército e um policial, são acusados de planejar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula, eleito em 2022.

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De acordo com Pimenta, o plano previa inicialmente que o atentado ocorresse antes da diplomação de Lula, realizada em 12 de dezembro de 2022. Posteriormente, o grupo teria adiado a ação para o dia 15 do mesmo mês. Entre as metas dos conspiradores estava o sequestro e assassinato de Alexandre de Moraes, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Estamos falando de uma ação concreta, objetiva, que traz elementos novos e extremamente graves sobre a participação de pessoas do núcleo de poder do governo Bolsonaro no golpe", afirmou o ministro. Ele ainda destacou que o grupo por trás do atentado também esteve envolvido na tentativa de explosão de um caminhão próximo ao aeroporto no mesmo período.

Pimenta foi enfático ao dizer que os atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, não podem ser tratados como protestos democráticos. Ele reforçou que se tratou de uma tentativa de golpe de Estado.

"Os mesmos financiadores que apoiaram os acampamentos em frente aos quartéis também estiveram envolvidos nesses episódios. Não podemos falar em anistia ou impunidade", afirmou o ministro, destacando que um dos suspeitos é um general que ocupava posição de destaque no governo anterior.

A Polícia Federal informou que os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Segundo as autoridades, a apuração permanece em curso, e os elementos coletados até agora são considerados robustos.

Para Pimenta, o caso reforça a necessidade de apuração rigorosa e punições exemplares. "É preciso ir até as últimas consequências para proteger a democracia. Qualquer sinal de impunidade coloca em risco o futuro do nosso país."

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