Será?

Governo vai investigar morte de Juscelino Kubitschek na ditadura

Juscelino Kubitschek morreu supostamente por um acidente automobilístico


Juscelino Kubitschek em foto
Juscelino Kubitschek morreu no período da ditadura - Foto: Reprodução/Internet

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu reabrir a investigação sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, ocorrida em 22 de agosto de 1976. O caso, registrado como acidente na Via Dutra durante a ditadura militar, tem diferentes versões sobre as circunstâncias do ocorrido. A Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos, deve oficializar a reanálise do caso.

Segundo a Folha, a medida tem como base um laudo pericial elaborado pelo engenheiro e perito Sergio Ejzenberg a pedido do Ministério Público Federal e concluído em 2019. O documento contesta a tese oficial de colisão do Opala de Kubitschek com um ônibus antes de atingir uma carreta. Comissões Estaduais da Verdade de São Paulo e Minas Gerais e a municipal de São Paulo sustentam a hipótese de atentado político, levantando a possibilidade de sabotagem mecânica, disparo de arma de fogo ou envenenamento do motorista Geraldo Ribeiro.

Kelly Key abre o jogo sobre convites para realities: "Expulsa"

Lula x Collor: Discussões por política marcaram bastidores de Tieta, diz ator

O inquérito civil conduzido pelo MPF entre 2013 e 2019 afastou a versão da colisão, mas não apresentou conclusão definitiva sobre a causa do acidente. A reabertura ocorre sem previsão de indenização financeira e sob o argumento de esclarecimento histórico.

O processo foi motivado pelo ex-vereador de São Paulo Gilberto Natalini, que presidiu a Comissão Municipal da Verdade, e conduzido pelo chefe da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda.

A morte de Kubitschek é mencionada em um contexto de supostas perseguições políticas, ao lado dos falecimentos do ex-presidente João Goulart e do ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda entre 1976 e 1977. Os três integraram a Frente Ampla, que buscava oposição pacífica ao regime militar e foi proibida.

A possibilidade de relação entre essas mortes e a Operação Condor, que envolveu ditaduras do Cone Sul na repressão a opositores, continua sendo alvo de especulações.

TAGS:
Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado