Enel troca comando após deixar São Paulo às escuras

O presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, deixou o cargo nesta quinta-feira (23). A saída do executivo acontece 20 dias depois de uma tempestade que deixou milhares de pessoas sem luz na Grande São Paulo por uma semana.

A Enel é alvo de duas CPIs, uma na Assembleia Legislativa, e uma na Câmara Municipal. Cotugno chegou a depor na CPI da Alesp.

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A empresa afirmou que Cotugno deveria ter saído em outubro, mas ficou mais tempo no cargo até a chegada de um sucessor. Com o temporal do dia 3 de novembro, ele prorrogou sua permanência até a situação melhorar.

"A saída de Cotugno foi definida em reuniões de Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro. Até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para nomeação de Antonio Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina", diz nota.

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Antonio Scala entrou na Enel em 2009 como responsável de Gestão de Risco para Gerenciamento de Energia na Itália. Também atuou como Responsável de Desenvolvimento Industrial e de Serviços de Energia para o mercado residencial no País.

Em seguida, ocupou a função de chefe de Planejamento e Controle de Global Trading e liderou a Enel Green Power na América do Sul. Formado em Administração de Empresas em 2002 em Roma, Scala atuou como Sócio Júnior na McKinsey & Company com foco nas áreas de energia, gás e finanças corporativas.

A queda do presidente da Enel acontece em meio a ondas de processos judiciais contra a empresa. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) chegou a pedir que seja feita nova licitação e retirada a concessão por causa dos problemas.