Brasileiros estão divididos sobre possível prisão de Bolsonaro, diz pesquisa
Pesquisa aponta que o Brasil segue dividido quando o assunto é a prisão de Bolsonaro
Publicado em 21/11/2023 às 22:00
Os brasileiros estão divididos sobre uma possível punição ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelos ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Pesquisa Atlas Intel mostra que há um empate entre o número de pessoas que são favoráveis e contrárias a uma pena contra ele pelo episódio.
Segundo o levantamento, 46% dos entrevistados são favoráveis à punição do ex-presidente e outros 46%, contra. Entre os entrevistados, 8% não souberam responder.
A pesquisa Atlas foi realizada com 5.211 pessoas entre os dias 17 e 20 de novembro. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos e o nível de confiança, de 95%.
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O nome de Bolsonaro foi incluído em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o ataque de 8 de janeiro. A Corte acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu que Bolsonaro fosse investigado como um dos autores intelectuais por incitação aos ataques terroristas.
Na representação, a PGR apontou que o ex-presidente divulgou um vídeo dois dias após o atentado com ataques ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao presidente Lula.
O STF já condenou 25 réus, com penas que vão até 17 anos, por conta dos ataques. 2.151 pessoas foram presas em flagrante após o episódio e 1.345 foram denunciadas pela PGR até setembro e se tornaram réus.
O relatório final da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro apontou Bolsonaro como “o verdadeiro autor, seja intelectual, seja moral, dos ataques perpetrados contra as instituições”. O documento, assinado pela relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ainda disse que ele “explorou a vulnerabilidade e a esperança de milhares de pessoas” na ocasião.
O inquérito do STF ainda está em andamento e não há previsão para que seja concluído. No entanto, a possibilidade de Bolsonaro ser punido pelo ataque de 8 de janeiro segue sendo um tema polêmico no Brasil.