Publicado em 19/09/2022 às 19:21:00,
atualizado em 19/09/2022 às 19:21:27
A equipe de produção de Terra Vermelha foi informada de que a novela pode durar muito mais do que a média atual na Globo. A direção de dramaturgia da emissora estuda a possibilidade de manter a trama de Walcyr Carrasco no ar por mais de nove meses porque não há uma substituta definida. Caso a decisão se confirme, ela será a mais longa história das nove em 50 anos chegando perto dos 250 capítulos.
Segundo apurou o NaTelinha, Terra Vermelha deve substituir Travessia em abril do ano que vem. A emissora trabalha com duas datas para a estreia da produção: 10 ou 17 de abril. Sem nenhuma sinopse aprovada para entrar logo depois, a direção da emissora já avisou a equipe da novela de Walcyr Carrasco de que a trama tem grande possibilidade de se estender. A data trabalhada para o encerramento da produção é a segunda ou terceira semana de janeiro de 2024, ficando, portanto, nove meses no ar.
Levantamento da reportagem indica que a novela deverá ter entre 239 e 245 capítulos, a mais longa da faixa desde 1973. A última vez que a Globo teve uma produção deste tamanho no horário das nove foi com Selva de Pedra, que contou com 243 capítulos e a antecessora dela, O Homem que Deve Morrer (1971), com 258 capítulos. As duas foram escritas por Janete Clair e foram as últimas da emissora a ficarem no ar tanto tempo.
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Cada vez mais raro, a rede carioca costumava ter novelas maiores em décadas passada. Também de Walcyr Carrasco, Amor à Vida (2013) contou com 221 capítulos, a maior do século XXI. Mas ela não foi a única nos últimos anos, empatada com o mesmo número de capítulos há outras: O Clone (2001), Celebridade (2003) e Senhora do Destino (2004). Por outro lado, Um Lugar ao Sol (2021) contou com apenas 125, já Pantanal terminará com 167 capítulos quando ela chegar ao fim na primeira semana de outubro.
A Globo trabalha com essa data por questões práticas. Ricardo Waddington e José Luiz Villamarim não defendem que novelas sejam tão longas, mas a necessidade impediu uma adaptação. A ideia dos dois chefões da emissora é de que as produções tenham, no máximo, 150 capítulos, ainda menos que o número estabelecido pela gestão anterior. À época de Silvio de Abreu, o limite girava em torno de 170 a 180, a depender da trama.
Ainda que queira cortar ainda mais os capítulos, a nova chefia de novelas não conseguiu na faixa das nove. Isso porque não há sinopse aprovada para substituir Terra Vermelha. Waddington acabou com a fila do horário quando decidiu que Todas as Flores não iria ao ar na faixa, mas seria a primeira produção original do Globoplay. A fila original seria: Pantanal, Todas as Flores, Travessia e Terra Vermelha. Isso garantiria calma para procurar as próximas, já que o horário teria história até maio de 2024.
Com Todas as Flores fora da fila, Travessia foi puxada para cima, assim como Terra Vermelha e a gordura acabou. Acontece que não há nenhum autor chamado medalhão com sinopses na emissora. Aliás, nem medalhão há mais, só os três envolvidos nos projetos atuais. Aguinaldo Silva, Manoel Carlos e Silvio de Abreu já não são mais contratados da Globo. Benedito Ruy Barbosa não escreve mais novelas, mesmo assim está envolvido diretamente com a supervisão de Pantanal. Não sobrou ninguém que tenha experiência para assumir a faixa e os diretores terão de encontrar uma solução.
Procurada, a Globo não se manifestou. Caso ela o faça, a reportagem será atualizada.
A renovação proposta por Silvio de Abreu para as nove não deu certo. Tanto Manuela Dias quanto Lícia Manzo não obtiveram sucessos na imersão e foram deslocadas para projetos menores. A primeira, responsável por Amor de Mãe (2019), escreve a nova temporada de Justiça e a segunda, que escreveu o fracasso Um Lugar ao Sol, já vem desenvolvendo uma sinopse para a faixa das seis, onde fez sucesso.
Há uma história, criada por Maria Helena do Nascimento e Ricardo Linhares, que chegou a entrar na fila. Mas a trama não conta com a simpatia de Villamarim e não deve sair do papel. Neste momento, o diretor busca uma sinopse forte e com algum nome marcante, mesmo que não seja necessariamente de novelistas da Globo.
Terra Vermelha, de Walcyr Carrasco, está na fila das próximas novelas das 21h na Globo. A história principal da trama, que entra no ar no primeiro semestre de 2023, tem um mote parecido com o da personagem Muda, vivida por Bella Campos em Pantanal. Disputa de terras, assassinatos e vingança são alguns dos temas comuns às duas histórias.
O NaTelinha apurou que Terra Vermelha, título provisório da próxima novela das nove assinada por Walcyr Carrasco, vai contar a história de uma jovem, vivida por Agatha Moreira, que, na infância, viu os pais serem mortos por grileiros. Na atualidade, ela vai querer vingança contra a vilã do folhetim, papel defendido por Gloria Pires.
São várias as semelhanças com a trama paralela de Pantanal. No remake assinado por Bruno Luperi, baseado no texto original de seu avô, Benedito Ruy Barbosa, Muda entra em cena na segunda fase para vingar a morte do pai, um latifundiário. No passado, ela viu o genitor ser morto em meio a uma disputa de terras.
O assassino foi Gil (Enrique Diaz), que mata o pai de Muda por engano. Ela chega ao Pantanal disposta a exterminar a família do bóia-fria. Antes de descobrir que Tenório (Murilo Benício) é o principal culpado pela matança, ela encomenda a cabeça de Maria Marruá (Juliana Paes) e Juma (Alanis Guillen).
Muda não tem tempo de convencer o assassino de aluguel contratado por ela a desistir do plano. O matador dá cabo da vida de Maria Marruá. Antes que possa se livrar de Juma, o criminoso foi morto por Velho do Rio (Osmar Prado), que vira sucuri e engole o malfeitor para proteger a mulher-onça. Depois, Tenório passa a ser o alvo da vingança da forasteira.
A novela que Walcyr Carrasco prepara para o horário nobre, só entra no ar no ano que vem. Antes, em outubro, Pantanal chega ao fim e dá lugar a Travessia, de Gloria Perez. Entre as duas tramas parecidas, haverá uma história urbana e com temáticas diversas, como fake news e o impacto da tecnologia na vida das pessoas.
Em agosto, foi revelado que a Terra Vermelha trataria do agronegócio. A história se passará numa cidade fictícia, e o título, ainda provisório, faz referência ao solo rico rico em minerais. O último trabalho de Carrasco na Globo foi com A Dona do Pedaço (2019).
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