Publicado em 20/01/2021 às 06:39:00
Entre 2010 e 2019, a Globo produziu 63 novelas nos mais diferentes horários e gêneros. A maioria delas causou grande repercussão, tanto nas redes sociais quanto nas rodas de conversa, seja pelas histórias, abordagens sociais ou apuro técnico, como Avenida Brasil (2012), Êta Mundo Bom! (2016) e A Força do Querer (2017), que são consideradas grandes novelas da última década.
Muitos folhetins, mesmo não indo bem na audiência, trouxeram novidades para a tela, como O Tempo Não Para (2017), que ousou em contar a história de uma família congelada no século XIX e que voltam à vida na atualidade, e Boogie Oogie (2014), que, mesmo sendo marcada como uma das piores audiências dos últimos anos, teve uma trama ambientada nos anos 1970, período incomum de ser abordado em um folhetim atual.
Existem outras novelas que, além do fracasso de audiência, não cativaram no público e tiveram muitos problemas nos bastidores. A seguir, o NaTelinha lista exemplos de sete folhetins equivocados que a Globo quer esquecer.
Confira?
O Sétimo Guardião começou a dar problema antes mesmo de sua estreia. Criada a partir de ideias de alunos da masterclass de Aguinaldo Silva, a Globo teve dor de cabeça quando os autores cobraram pelo direito de exibição da história.
Além disso, fofoca nos bastidores sobre a suposta traição de Marina Ruy Barbosa com José Loreto tomaram conta dos noticiários e repercutiu muito mais que a novela. Nem assim a trama dirigida por Rogério Gomes conseguiu emplacar e, no fim das contas, amarga o título de uma das novelas mais problemáticas da emissora.
A Lei do Amor também iniciou sua trajetória com críticas em relação a escalação do elenco e uma trama confusa. No primeiro capítulo, o folhetim de Maria Adelaide Amaral e Vicent Villari marcou apenas 30,6 pontos na audiência, considerada a pior média para uma estreia de uma trama das 9.
Além disso, o casal protagonista Helô e Pedro, vividos por Claudia Abreu e Reynaldo Gianecchini, não davam química em cena e também foram muito criticados. Apesar dos problemas, Luciane, personagem de Grazi Massafera, foi considerado o melhor da novela.
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Apontada pelos críticos como um dos melhores primeiros capítulos já feitos para uma novela, Babilônia desagradou logo em seu lançamento. Se parte da opinião pública curtiu a estreia, o público de casa torceu o nariz para o casal de lésbicas interpretadas por Fernanda Montengero e Natalia Timberg.
A Bancada evangélica em Brasília chegou até a liderar um movimento contra a novela por causa das cenas de carinho entre as personagens Teresa e Estela.
Com isso, a novela teve uma queda vertiginosa na audiência e teve de ser transformada por completo, mas, com a grande repercussão de Os Dez Mandamentos na Record, encurtada, Babilônia amargou o título como a pior audiência de novela das 9 da emissora.
Em sua última novela até o momento, Manoel Carlos já não conseguia fisgar mais o público com uma crônica do cotidiano. Além disso, outros fatos se desencadearam para a repercussão negativa da novela.
Grande parte do pouco caso com a trama foi ter uma protagonista nada carismática e a relação de Helena (Julia Lemmertz) com a filha, Luiza (Bruna Marquezine), também não agradar o público. Vale lembrar que Em Família foi exibida entre Amor à Vida (2013) e Império (2014), dois sucessos da década.
Um dos grandes erros na adaptação da novela homônima dos anos 1980 foi não modernizar os conflitos entre homens e mulheres que, em pleno 2012, já não eram os mesmos de 1983.
A trama principal, encabeçada por Charlô (Irene Ravache) e Otávio (Tony Ramos), foi perdendo cada vez mais espaço para o conflito romântico da novela, tendo como personagens Nando (Reynaldo Gianecchini), Roberta (Glória Pires) e Juliana (Mariana Ximenes). Mas mesmo assim, nada adiantou para conter a fuga dos telespectadores da trama.
Sol Nascente tinha tudo pra dar certo: uma trama solar, bons personagens, mocinha guerreira, vilões de arrasar. Mas nada disso surtiu efeito no vídeo quando apareceu Giovanna Antonelli e Bruno Gagliasso em cena, casal desaprovado pelo público, que alegou falta de química.
Além disso, críticas quanto ao núcleo japonês da novela com atores com físico nada a ver com o povo oriental renderam avaliações negativas. O que salvou mesmo foi a vilã Dona Sinhá, interpretada magistralmente pela Laura Cardoso, embora a atriz tenha se afastado da novela para se tratar de uma crise renal.
Outro exemplo de remake que não deu certo foi Saramandaia. Aqui, um dos grandes vilões foi o horário em que foi exibido: tarde da noite, depois da apresentação do Big Brother Brasil. Era difícil a novela ser exibida antes das 23h30.
Além da proposta estética muito diferente da original, o folhetim não empolgou. Muitos telespectadores torceram o nariz para o romance de Zico Rosado e Vitória Vilar, interpretados por José Mayer e Lília Cabral.
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