Publicado em 17/09/2019 às 05:29:33
Com menos de dois meses no ar, “Bom Sucesso” continua fazendo jus ao seu nome e conquistando o público por seu conjunto de qualidades e pelo enredo delicioso e inteligente de Rosane Svartman e Paulo Halm. A atual trama das sete ainda mostra outra qualidade dos seus autores, que é construir casais repletos de química não apenas em sua trama principal, como também nas paralelas. E o maior exemplo disso é o casal “recém-formado” por Nana (Fabiula Nascimento) e Mário (Lúcio Mauro Filho).
Um dos tipos mais complexos e ricos da novela, Nana é uma mulher dedicada ao trabalho. Casada com Diogo (Armando Babaioff), o canalha advogado da Editora Prado Monteiro, ela vive às voltas com as tentativas de salvar a empresa da crise e mantém uma difícil relação com o pai Alberto (Antônio Fagundes), lidando quase a todo momento com a ingratidão do milionário. Ao mesmo tempo, quase não tem tempo para a filha Sofia (Valentina Vieira) e não imagina que o marido a trai constantemente com Gisele (Sheron Menezzes), sua assistente pessoal.
Mário, por sua vez, é o editor-chefe da Prado Monteiro. Íntegro, gente boa e sempre de bem com a vida, é um eterno apaixonado por Nana, a quem conhece desde a infância e tentava conquistar, sem sucesso. Ainda assim, se mostra um amigo fiel e, quando está ao lado da executiva, costuma despertar seu lado mais leve, humanizando ainda mais a líder da empresa, apesar de ser alvo da ira de Diogo.
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A improvável relação dos dois logo se tornou um dos pontos de destaque da novela dirigida por Luiz Henrique Rios. Desde as primeiras cenas em que Nana implica com as cantadas “ultrarromânticas” de Mário, percebe-se uma deliciosa química entre seus intérpretes Fabiula Nascimento e Lúcio Mauro Filho, que promovem através de seus personagens uma espécie de “resgate” do lado mais sonhador da executiva, tão presa à realidade que lhe cerca – que ainda lhe reserva um grande conflito com a protagonista Paloma (Grazi Massafera), acompanhante de seu pai.
Um grande exemplo desta acertada sintonia entre os atores foi o recente e esperado beijo entre Nana e Mário, ocorrido na última quinta-feira (12). O tradutor armou um piquenique para conquistar a amada e resolveu apelar para a memória afetiva, resgatando lembranças dos tempos de juventude de ambos. Emocionados, eles se deparam com a chuva e se abrigam numa árvore, onde acabam se beijando de vez. A bela sequência foi perfeitamente demonstrada pelos atores e conquistou de vez a torcida do casal, chamado de “Nanario” (combinação de seus nomes) nas redes sociais.
Curiosamente, ao contrário do triângulo principal, onde fãs se dividem entre Marcos (Rômulo Estrela) e Ramon (David Junior) na conquista ao coração de Paloma; aqui, o grande ponto de conflito é justamente o vilão Diogo, que deseja a todo momento ter um filho de Nana e também articula para falir a empresa e provocar a morte de Alberto, para poder se aproveitar da polpuda herança do império dos Prado Monteiro.
A química dos atores também é enriquecida por seus desempenhos individuais. A começar por Fabiula Nascimento, uma das atrizes mais completas e versáteis do país. Nana é uma personagem riquíssima e perfeitamente ambígua, com nuances que remetem a duas mulheres poderosas da novela anterior de Svartman e Halm, “Totalmente Demais” (2015-16): Lili Bocaiúva (Vivianne Pasmanter) e Carolina Castilho (Juliana Paes). Fabiula esbanja competência e emoção em sua composição pra Nana e desperta todos os sentimentos possíveis em relação aos comportamentos da executiva, humanizando ainda mais o perfil. E tudo isso ocorre ao mesmo tempo em que ela também se destaca na nova temporada de “Sessão de Terapia” (Globoplay/GNT), onde interpreta Chiara, uma das pacientes do novo terapeuta da série, vivido por Selton Mello.
E Lúcio Mauro Filho não deixa por menos. Após um longo período dedicado ao humor, na pele do Tuco de “A Grande Família” (2001-2014), o ator se dedicou ao drama vivendo Roney Romano, o chapeiro gente boa de “Malhação Viva a Diferença” (2017-18), pai da protagonista Keyla (Gabriela Medvedovski), que vivia às voltas com a gravidez precoce da filha. Na elogiada temporada de Cao Hamburger, Lúcio mostrou ser mais que um comediante e fez ótimas parcerias cênicas. E esta excelência se repete agora em "Bom Sucesso" na pele do romântico incorrigível tradutor da Prado Monteiro, ao mesmo tempo em que ele revive Aldemar Vigário, clássico personagem do pai Lúcio Mauro, na atual geração da “Escolinha do Professor Raimundo” (iniciada em 2015).
Com todo este conjunto de qualidades, é possível afirmar que, com todo respeito ao triângulo formado por Marcos, Paloma e Ramon, o título de melhor casal de “Bom Sucesso” pertence a Nana e Mário. A executiva durona e o editor apaixonado têm agradado cada vez mais na história de Rosane Svartman e Paulo Halm e este ótimo resultado é fruto de uma parceria deliciosa entre Lúcio Mauro Filho e Fabiula Nascimento, que enriquece ainda mais o enredo humanizado dos autores.
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