Publicado em 30/12/2021 às 10:35:00,
atualizado em 30/12/2021 às 11:42:42
Ao longo de 2021, Globo, SBT, Record, Band e RedeTV! prepararam novidades em suas grades e algumas das suas apostas não alcançaram o êxito que esperavam. A segunda edição do Troféu Cerejinha elege os piores do ano na televisão: programas, artistas e situações que foram grandes as decepções ao longo de 2021.
Quem trabalha na TV está suscetível aos elogios e às críticas. Tiago Leifert, Ratinho e as atrações Zig Zag Arena e Questão de Opinião são alguns que compõem a lista deste ano.
Categoria altos decibéis
Após o êxito do projeto Na Lata no YouTube, em 2021, Antonia Fontenelle se aventurou no comando de um novo talk show na estreante Jovem Pan News. Porém, na TV, Fontenelle ainda não conseguiu alcançar a mesma boa performance da internet.
Embora cada edição tenha novos convidados, o papo é monotemático. O Talk Show com Antonia aposta na velha rinha entre direita e esquerda num debate que tem a mesma profundidade do côncavo da maçã. Falta um bom roteiro.
Além disso, a atração exibida nas noites de sábado se tornou um desafio para quem tem um ouvido sensível. Se for assistir, recomendo o dedo no botão do volume. Toda conversa é nivelada em alguns decibéis acima do confortável para o telespectador. Mas nem tudo no programa é uma perda de tempo: a DJ merece mais destaque. No Troféu Cerejinha, o programa venceu a categoria Altos Decibéis.
Categoria Bicampeonato na TV
Não foi com o Zig Zag Arena que a Globo justificou a estratégia de retirar Fernanda Gentil do jornalismo esportivo para entrar no entretenimento. O executivo que decidiu colocá-la para disputar Ibope contra Celso Portiolli, Eliana e Rodrigo Faro merecia uma caixa de chocolates do SBT e da Record em agradecimento. O dominical da Globo consumiu um investimento milionário para se tornar um dos grandes insucessos na história da televisão. Regras confusas, cenário poluído e excesso de co-apresentadores foram alguns dos erros que a direção de Boninho deixou passar. Depois do incompreensível Se Joga e do surto psicótico que foi o Zig Zag Arena, em 2022, Fernanda Gentil terá o desafio de não pedir música no Fantástico à frente de num novo projeto da Globo. Vencedora da Categoria bicampeonato no Troféu Cerejinha. Categoria Vingança Foi espantoso e malcriado o comunicado da Globo sobre a saída de Camila Queiroz da produção de Verdades Secretas 2. Nota redigita sob forte emoção, com o intuito que não era dos melhores, sobre um profissional que teve a grande audácia de dizer “não” a vaidosos diretores. Alguém sentiu. Atendendo um pedido do setor jurídico ou não, a Globo soltou uma reportagem em seu portal de entretenimento desmentindo, supostamente, as falsas notícias envolvendo a saída de Camila Queiroz. Porém, a origem do problema foi o teor da nota enviada pela emissora e o silêncio de quando era procurada para comentar os rumores. Deu no que deu. Faltou equilíbrio na condução do caso. A Globo não foi corporativa e não condizente com a poderosa máquina que é na mídia. Por isso, a emissora ganha a categoria Vingança. Categoria Talkei!? Tido com um case de sucesso de comunicação da massa, em 2021, Ratinho fez parecer que decidiu se distanciar do artístico para ser um militante do presidente Jair Bolsonaro no SBT. O público rejeitou e o apresentador sentiu no Ibope sua mudança de postura no vídeo. Quando Bolsonaro assumiu o cargo, em 2019, o Programa do Ratinho marcava 8,7 pontos na Grande São Paulo. Após dois anos, a atração minguou sua audiência e vem girando em torno de 5,4 de média. O formato circense que durante anos foi o carro-chefe da atração do SBT dá sinais de cansaço. Persistir é um erro. O programa precisa rejuvenescer, está antigo e chato. O Programa do Ratinho vence a categoria Talkei?! no Troféu Cerejinha. VEJA TAMBÉM
Categoria Zig Zag Arena
No ápice da pandemia, a Record decidiu lançar um programa de auditório com Geraldo Luís inspirado em Flávio Cavalvanti (1923 – 1986) e Chacrinha (1917 - 1988): A Noite é Nossa. Claro que, no fim, o produto que foi ao ar era um rascunho mal redigido dos originais. A Noite é Nossa tinha um cenário brega (alguém na Record poderia explicar aquele tobogã, sim, UM TOBOGÃ no palco?), pautas previsíveis e um minúsculo auditório que só estava lá para bater palmas. O Programa não tinha a picardia de Chacrinha e nem a densidade jornalística de Flávio Cavalcanti Saiu rápido do ar e ninguém sentiu falta. Esperamos que nunca volte. A Noite é Nossa levanta a taça na categoria Zig Zag Arena. Categoria Hellraiser A expectativa foi grande, mas o retorno do No Limite à grade da Globo foi a grande decepção do ano. A versão Nutella de 2021 frustrou os telespectadores que esperavam assistir um reality de sobrevivência num programa de televisão. A edição de domingo, quando o eliminado da semana passava por uma sabatina com André Marques, se tornou uma das coisas mais dispensáveis da TV no ano. A sensação é que o programa foi formatado para atender um pedido do comercial e esquecendo-se de ser interessante para o telespectador. A Globo confirmou a edição de 2022. Esperamos que não seja um agouro para o próximo ano. No Limite é o grande vencedor da Categoria Hellraiser. Outros vencedores do Troféu Cerejinha 2021
Categoria Fantasminha: Existe e ninguém assiste - Questão de Opinião Categoria Mau Gosto - Chamada do Faustão na Band alfinetando Silvio Santos (Ainda bem que só foi um dia) Categoria Naftalina - Retorno de Lessie e As Aventuras de Rin-Tin-Tin na grade do SBT Categoria Tudo é Culpa da Imprensa - Sikêra Jr. Categoria Vamos gastar Dinheiro da Globo - Casa Kalimann Categoria Silvio Santos é Quem Manda - Vem Pra Cá Categoria Paladino da Verdade - Tiago Leifert (Só vale o que eu digo) Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web