Repórter diz que foi agredido por colega após defender Bolsonaro
Jornalista fez declaração em entrevista ao canal do YouTube de Rica Perrone
Publicado em 25/07/2022 às 19:07,
atualizado em 25/07/2022 às 19:07
Repórter do SBT Rio, Daniel Penna-Firme afirmou que já foi agredido por uma colega de trabalho após dizer que votou em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018. O jornalista, que hoje está afastado do posto porque é pré-candidato a deputado estadual, contou sobre o momento em uma entrevista ao canal de Rica Perrone, no YouTube.
"Dentro da política, as coisas que eu tenho visto no meu processo de pré-candidatura, tem puxada de tapete, composição partidária... Todo isso que eu vi não me assusta sobre o que já vi nas redações de jornalismo", contou ele, que está afiliado ao União Brasil. O jornalista acrescentou:
"Dentro de uma redação de jornalismo você não espera que uma colega sua cuspa no seu rosto porque você disse que iria votar no Jair Bolsonaro e isso acabou acontecendo comigo. Eu tomei cusparada no rosto dentro de uma redação e depois eu soube que poderia ter denunciado no RH porque existe um compliance e a colega poderia ser demitida".
Rica Perrone o questionou se ele chegou a revidar a agressão, mas Penna-Firme explicou que não: "Claro que eu mantive a cabeça, se eu dou uma porrada nela é Lei Maria da Penha, sou fascista... Aí que eu confirmo os argumentos dela. É a estratégia".
"Eu chorei"
Após decidir não se defender da cusparada, o jornalista assumiu no podcast que começou a chorar por conta do episódio. "Você não espera isso, que acontece o que aconteceu. No meu penúltimo dia de redação. Lá ainda tinham alguns jovens que estavam visitando a redação por conta de um projeto social. Uma editora que me conhece há mais de vinte anos disse para os jovens: cuidado que ele vai pedir voto para vocês. Quem conhece, não vota".
Antes do dia da cusparada, Penna-Firme explicou que também já recebeu um tapa de outro colega durante uma cobertura por conta de suas opiniões políticas.
"A gente esperando uma mãe de uma pessoa que morreu, era uma matéria de polícia. Estávamos na rua e durante a resenha dos jornalistas, tomei um tapa nas costas. Estava em um debate sobre política e falei que ia sair 'porque eu já tomei cuspe no rosto, tapa das costas e daqui a pouco vocês me chamam de facista'. [Ele disse] Sai mesmo seu fascista e me deu um empurrão", finalizou.
Confira o trecho da declaração do repórter: