Congresso derruba veto de Bolsonaro e aprova leis de incentivo à cultura
Políticos aprovaram as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 com votação expressiva
Publicado em 05/07/2022 às 21:55,
atualizado em 05/07/2022 às 22:39
Na noite desta terça-feira (5), deputados e senadores derrubaram o veto de Jair Bolsonaro às leis de incentivo à cultura Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo. O presidente havia vetado os dois projetos sob a alegação de que eles contrariam o interesse público e não apresentam previsão orçamentária. Somadas, as duas leis preveem o incentivo de cerca de R$ 7 bilhões em 2022 e R$ 3 bilhões pelos próximos quatro anos de forma contínua para o setor cultural brasileiro.
Com os textos de volta ao congresso, 414 deputados e 69 senadores não concordaram com o veto de Bolsonaro e aprovaram as leis. Os políticos se reuniram em sessão conjunta no congresso, em Brasília, e, desde o início da tarde, deliberavam sob o tema. Representantes do setor artístico também estavam presentes na sessão, acompanhando tudo que estava sendo decidido.
Logo após o veto de Bolsonaro às referidas leis, pessoas ligadas ao setor cultural, incluindo famosos, tomaram voz no congresso para tentar convencer os congressistas a derrubarem os projetos. Nomes como Vera Fischer, Leona Cavalli, Babu Santana e Debora Evelyn foram alguns que fizeram questão de lutar para que as leis fossem aprovadas.
Julia Lemmertz viraliza ao pedir derrubada de veto de Bolsonaro para incentivos culturais
Em um discurso feito por Julia Lemmertz para os congressistas, registrado em um vídeo que viralizou nas redes sociais, ela surge dizendo que a cultura é um direito de todos, independente de partidos. "Venho pedir pela derrubada dos dois vetos, não só porque são leis complementares, mas porque é preciso de uma vez por todas que a gente olhe para cultura e a gente possa ter um Plano Nacional de Cultura", afirmou.
"A cultura é um bem para todos, seja lá o partido que você for. Você consome cultura ao ouvir musica, ler livro, quando vai ao teatro, você consome cultura sempre. É muito triste a gente morar num país onde o que deveria ser mais cuidado e mais acarinhado... porque, na verdade, a cultura é o que consola, é que dá sentido as misérias da vida, é que faz a gente pensar. Você sai de uma sessão cultural transformado", completou.