SBT é condenado na Justiça a pagar lua de mel para casal do Fábrica de Casamentos
Emissora deve desembolsar R$ 26 mil para despesas com viagem e indenização por danos morais; assessoria se pronuncia
Publicado em 08/06/2022 às 11:33,
atualizado em 08/06/2022 às 14:32
O SBT foi condenado na Justiça de São Paulo a pagar uma viagem de lua de mel a um casal que participou, em junho de 2018, do programa Fábrica de Casamentos. Ao final de sua participação no reality show, eles ganharam uma viagem a Acapulco, no México, mas o prêmio nunca foi entregue pela direção da emissora.
Os autos do processo dão conta de que, em Fábrica de Casamentos, um cheque cenográfico gigante foi entregue aos autores da ação pelos apresentadores Chris Flores e Carlos Bertolazzi. Depois, “foram criadas todas as desculpas possíveis para não se conceder a viagem”, como a impossibilidade de realizá-la “em alta temporada”.
Foram 40 meses de tratativa, segundo a advogada Vanessa Rascov, que representou o casal. O juiz que analisou o caso, então, condenou a emissora de Silvio Santos ao pagamento de R$ 26 mil, considerando as despesas com a viagem e uma indenização por danos morais. As informações foram divulgadas pelo colunista Rogério Gentile, do UOL.
Além do SBT, também foram condenados também as empresas e produtoras parceiras na realização do reality, que ainda podem recorrer da decisão. Na defesa apresentada à Justiça, a emissora argumentou que "ocorreram situações incontroláveis que atrasaram o momento de veraneio em praias mexicanas", como a pandemia da Covid-19.
O NaTelinha entrou em contato com a assessoria de imprensa do SBT e foi informado que a emissora vai recorrer da decisão.
Justiça vai revirar contas do SBT a pedido de autor de Pantanal
Não é só por causa do Fábrica de Casamentos que o SBT está na mira da Justiça. As contas da emissora serão reviradas a pedido de Benedito Ruy Barbosa, autor de Pantanal (1990). O objetivo é apurar quanto a emissora de Silvio Santos lucrou com a exibição da novela, entre 2008 e 2009.
Sucesso de audiência na Manchete em 1990, a trama – que tem um remake no ar, atualmente, pela Globo, assinado pelo neto do novelista, Bruno Luperi – foi reprisada de forma irregular, sem consentimento do escritor ou acordo sobre direitos autorais. O processo se estende há 14 anos.
No STJ (Superior Tribunal de Justiça), foram três votos a um pela realização da perícia sobre os lucros obtidos pelo SBT com a reprise da primeira versão de Pantanal. Na época, a trama elevou os índices de audiência da emissora no horário nobre. Ainda não há data estipulada para que o procedimento seja feito.