Após Pantanal, Globo quer novo remake e Roque Santeiro lidera lista
Os bons índices de audiência de Pantanal abriram as portas para outras adaptações
Publicado em 20/05/2022 às 04:00,
atualizado em 20/05/2022 às 09:16
O sucesso de Pantanal abriu portas para que outras novelas ganhem adaptações e voltem à tela da Globo. Em março, antes mesmo da atual trama das nove estrear, o NaTelinha já havia adiantado que, se o clássico de Benedito Ruy Barbosa conseguisse alavancar os índices de audiência do horário nobre da emissora, novos remakes poderiam ser produzidos, e o folhetim das nove está atendendo as expectativas do canal.
A obra que encabeça a fila para ganhar uma nova versão é Roque Santeiro (1985-1986), mas títulos de Manoel Carlos também estão sendo cogitados e a Globo quer resolver algumas questões de direitos autorais para bater o martelo. O novo remake viria após a trama que Walcyr Carrasco prepara para 2023, quando receberá o bastão de Glória Perez, autora de A Travessia, que sucederá Pantanal.
Roque Santeiro foi escrito por Dias Gomes até o capítulo 41, depois, Aguinaldo Silva assumiu a novela com a colaboração de Marcílio Morais e Joaquim de Assis, e a pesquisadora Lilian Garcia.
"Segundo Aguinaldo, quase no final da trama, no capítulo 163, Dias Gomes declarou que gostaria de finalizar a novela, e acabou escrevendo os capítulos finais".
Memória Globo
O folhetim chegou atingir 100 pontos no Ibope em seu último capítulo e eternizou os personagens Viúva Porcina e Sinhozinho Malta, vividos por Regina Duarte e Lima Duarte, respectivamente.
Ainda de acordo com o que o NaTelinha apurou, a intenção do canal é que novos autores estejam à frente desses projetos, fazendo a adaptação dos clássicos para que eles sejam reexibidos. A antiga vênus platinada chegou a encomendar uma pesquisa para verificar a aceitação de Pantanal e os resultados empolgaram a direção de dramaturgia.
Antes mesmo do primeiro capítulo da história ir ao ar, boa parte da população brasileira declarou que tinha interesse em acompanhar o folhetim, cuja obra original foi ao ar em 1990. 90% dos entrevistados identificaram o nome Pantanal como uma novela de sucesso e outros 88% sabiam que a emissora carioca iria produzir um remake, enquanto 70% garantiram que queriam acompanhar o primeiro capítulo.
A história escrita por Bruno Luperi estreou com grande responsabilidade, já que Um Lugar ao Sol teve o pior Ibope da faixa e a Globo precisava reverter essa situação. Pra isso, Pantanal recebeu investimentos muito superiores aos que costumam ser destinados a produções contemporâneas do horário das 21h e ganhou status de superprodução.
Procurada pela reportagem, a Globo não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Pantanal vem batendo recordes de audiência na Globo
Foto: João Miguel Júnior/TV Globo
Principal aposta da Globo para 2022, Pantanal vem se superando dia após dia e quebrando seus próprios recordes de audiência. Na semana passada, a novela das nove teve uma média de 20,3 milhões de espectadores em todo o país, mas esse número salta para 74 milhões quando consideramos o índice de pessoas que assistiram à atração por pelo menos um minuto, de acordo com dados do Kantar Ibope. Em pontos de audiência, a trama teve média de 29,5 pontos entre 9 e 14 de maio.
No ar há menos de dois meses, Pantanal acumula média de 28 pontos na Grande São Paulo, o que impressiona se comparado ao alcance da antecessora, Um Lugar ao Sol, que terminou com média de 22 pontos. Na última segunda-feira (16), o folhetim adaptado por Bruno Luperi bateu mais uma marca e registrou 31,6 pontos, seu melhor desempenho até aqui.
A barreira dos 30 pontos não era rompida na faixa das nove da Globo desde o último capítulo da reprise de Império, que alcançou 33 em novembro de 2021 – durante toda sua exibição, Um Lugar ao Sol não passou dos 25. Pantanal também já tem mais público que a reprise da novela de Aguinaldo Silva, que anotou média geral de 27 pontos no ano passado.