Por que Bolsonaro já é tratado como inelegível
Em Brasília ninguém mais vê chance de ex-presidente não ficar impedido de participar da votação
Publicado em 29/06/2023 às 21:15
Jair Bolsonaro (PL) já está inelegível, ao menos é assim que o ex-presidente vem sendo tratado nesta quinta-feira (29) nos corredores de Brasília. Embora o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não tenha concluído o julgamento, toda a classe política considera que já não há mais possibilidade matemática dele sair vencedor do processo.
O NaTelinha conversou com três políticos de espectros diferentes e todos concordaram que o líder da extrema-direita no Brasil ficará 8 anos sem poder se candidatar a nada. Para eles não há mais como Jair Bolsonaro reverter o caminho natural que o TSE deverá tomar na sexta-feira (30), quando o julgamento for reiniciado.
A conclusão não é matemática, já que ainda há chance dele virar o jogo. O tribunal suspendeu a sessão que julga o pedido de inegibilidade de Bolsonaro com 3 votos a favor da condenação e um contrário. Ainda restam três ministros para votarem, o que permitiria uma vitória por 4 a 3, na teoria. Apenas na teoria.
+ Terra e Paixão: Irene choca Luigi com presente após morte de Daniel
+ Após grande susto, Compadre Washington deixa UTI de hospital na Bahia
Isso porque, restam para apresentar o voto os ministros Alexandre de Moraes, Nunes Marques e Cármen Lúcia. Com isso, a conclusão é de que Bolsonaro não conseguiria reverter sob nenhum cenário a condenação, já que o presidente da Corte certamente votará por sua condenação.
Os políticos enxergam que Alexandre de Moraes não votaria pela absolvição de um inimigo deste porte em nenhuma hipótese e o próprio ministro já havia dado indícios de seu voto. Com isso, já seriam 4 para ter a maioria, mas pode ficar ainda pior, uma vez que Cármen Lúcia também deve condenar o ex-presidente. O voto de Nunes Marques tem sido tratado como um mistério.
Embora a tendência é que o ministro nomeado pelo próprio Bolsonaro vote favorável a ele, existe a possibilidade de Nunes pedir vistas ao processo, o que atrasaria a conclusão dos autos por mais três meses. Mesmo assim, não há tempo hábil para ganhar tempo suficiente e garantir que o político participe das eleições 2024. Ele já é visto como carta fora do baralho.