Lula é pressionado a tomar decisão sobre STF
Presidente tem dito, no entanto, que não irá se obrigar a escolher mulher
Publicado em 26/06/2023 às 15:11
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo pressionado por todos os lados para escolher uma mulher para ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima vaga que abrir. Isso porque a cadeira que será liberada é ocupada justamente por uma mulher: Rosa Weber.
Desde que o presidente confirmou a escolha de Cristiano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowiski e o nome foi referendado na última semana pelo Senado, a pressão começou. Weber precisa se aposentar até outubro, quando completará 75 anos, período máximo em que um ministro pode permanecer na Corte e representantes de classe pedem para que uma mulher seja sua substituta.
O pedido é na busca por paridade, ainda que o presidente não tenha se comprometido com esse tema durante a campanha eleitoral. Atualmente, o STF conta com 9 homens e apenas duas mulheres, ainda que elas sejam a maioria na sociedade. Além de Weber, Cármen Lúcia também faz parte do Supremo e se aposentará apenas em 2029, caso não decida antecipar.
Entre quem defende a escolha de uma ministra para a nova vaga aberta ainda este ano, está ninguém menos que Janja da Silva (PT), a primeira-dama, que vem se mostrando muito participativa dentro do governo do marido. Segundo apurou o NaTelinha, ela já vem conversando com o presidente na tentativa de defender que é fundamental escolher uma mulher. E mais: Janja quer que a próxima escolhida também seja negra, para dar um potente recado social.
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O problema é que Lula tem visto com bons olhos a relação que mantém com ministros do STF e por isso tende a seguir o que dizem seus aliados mais próximos. A primeira escolha foi exclusiva dele, Zanin era seu advogado pessoal, a segunda seria de bom tom atender a demanda de alguns ministros dentro da Corte. Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes já possuem nomes para indicar: todos homens.
A queda de braço começou cedo e pessoas no entorno do poder em Brasília garantem que é impossível saber o desfecho, mas a tendência de momento é que Lula indicará um homem para a vaga de Weber e poderá colocar mais mulheres em tribunais regionais ou até no STJ (Superior Tribunal de Justiça).