Globo acelera A Favorita e reprise deve acabar ainda em 2022
Cortes foram intensificados na história de Flora e Donatela e capítulos chegam a compactar três episódios originais
Publicado em 18/08/2022 às 04:41,
atualizado em 18/08/2022 às 09:10
A Globo está acelerando a edição de A Favorita e a reprise, apesar de manter uma boa audiência no horário, deve acabar ainda em 2022. A novela de João Emanuel Carneiro, exibida originalmente entre 2008 e 2009 e de volta ao ar desde maio, chega ao fim no Vale a Pena Ver de Novo entre outubro e novembro. Isso se os cortes seguirem como tem ocorrido nas últimas semanas.
O NaTelinha apurou que a Globo tem intensificado a tesoura em A Favorita. Cada capítulo da reprise corresponde a pelo menos dois episódios da novela original. Em dias como a última segunda-feira (15), com maior duração, são exibidas cenas de três capítulos originais da história de Flora (Patrícia Pillar) e Donatela (Claudia Raia).
Com 59 minutos de arte, o capítulo da última segunda foi o de número 66 da reprise. Na ocasião, foram compactados acontecimentos originalmente transmitidos nos episódios 86, 87 e 88 da trama. O levantamento indica que a reapresentação ficará menos tempo no ar que a versão original, de 2008, que teve ao todo 197 capítulos.
Quando A Favorita foi anunciada no Vale a Pena Ver de Novo, ventilou-se na imprensa que a Globo pegaria leve nos cortes e a novela iria ao ar praticamente na íntegra, encerrando sua jornada nas tardes da emissora apenas em fevereiro de 2023. Os capítulos iniciais, de fato, tiveram pouca edição, mas isso mudou nas últimas semanas.
Recentemente, a direção da emissora se viu obrigada a fechar o cerco com o conteúdo sexual e de violência exibido na trama. Uma denúncia feita ao Ministério da Justiça e Segurança Pública resultou na reclassificação: antes veiculada como inadequada para menores de 12 anos, a atração passou a ser considerada imprópria para menores de 14 anos.
Se A Favorita chegar ao fim em outubro, a substituta na faixa vai dividir as atenções com Travessia, que ocupa a vaga de Pantanal às 21h. Também é provável que O Cravo e a Rosa (2000), em edição especial mais cedo na grade, chegue ao fim no mesmo mês. Como a Globo tem evitado promover estreias em um período tão próximo, tudo leva a crer que a nova reprise chegue ao Vale a Pena Ver de Novo, no mais tardar, em novembro.
Outra novela das nove deve substituir A Favorita no Vale a Pena Ver de Novo
Para a vaga que A Favorita abre ainda neste ano, a Globo deve optar por outra novela das nove. Esse é o objetivo da emissora para o futuro do Vale a Pena Ver de Novo, já que, no início da tarde, há uma nova faixa de reprises exclusivas para tramas mais leves, das seis e das sete, atualmente ocupada por O Cravo e a Rosa.
A Favorita tem garantido índices de audiência satisfatórios para a Globo. A reprise acumula média de 15,1 pontos na Grande São Paulo, de acordo com dados do Kantar Ibope. O número é próximo ao das antecessoras na faixa, mas o atual cartaz tem uma vantagem: vai ao ar mais tarde, já que está no horário até o ano passado ocupado por Malhação.
Quando passou a anteceder a novela das seis na programação, O Clone cresceu em audiência, com índices entre 16 e 20 pontos. Até o momento, a melhor marca de A Favorita foi de 17. Já a trama assinada por Glória Perez chegou ao fim com uma média de 15,4 pontos, à frente da reexibição Ti Ti Ti (2010), que acabou em outubro do ano passado com 14,6.
Todas as três ficam atrás de Laços de Família (2000), que ganhou reprise no auge da pandemia, entre 2020 e 2021, e acumulou uma média de 18,9 pontos. O maior fenômeno recente desse horário foi ao ar logo antes: Êta Mundo Bom (2020), que ganhou repeteco entre abril e setembro de 2020 e teve média de 21,7.
O NaTelinha entrou em contato com a Globo, e a assessoria da emissora informou que não há título confirmado para o Vale a Pena Ver de Novo. Sobre a previsão de término de A Favorita, o comunicado diz: "Não divulgamos data de estreia nem de término das novelas com antecedência". O texto acrescenta que "o planejamento de todas as reprises prevê alterações, edições e ajustes; é uma estratégia permanente para adequar às necessidades e alterações de grade".