CNN Brasil faz demissões no Rio e assusta jornalistas às vésperas das eleições
Canal de notícias promove demissões na capital carioca
Publicado em 11/08/2022 às 10:07,
atualizado em 11/08/2022 às 11:11
A CNN Brasil começou esta quinta-feira (11) demitindo. A sucursal do Rio de Janeiro mandou nove pessoas embora, entre repórteres, produtores e até secretárias. O NaTelinha apurou também que novos desligamentos estão previstos para ocorrer no turno da tarde.
De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, após os cortes, apenas uma pessoa estava trabalhando na produção da emissora CNN Rio no início desta manhã. O fato chama a atenção por ser às vésperas das eleições, período em que naturalmente exige equipe mais robusta devido ao aumento da demanda e conteúdo. Aos demitidos, a CNN Brasil alega que o canal está passando por uma reestruturação. Internamente, o clima é de tensão.
A reportagem apurou que a diretoria acredita que a sucursal carioca estava superdimensionada e que o noticiário está centralizado em São Paulo e Brasília. A estratégia da emissora, por consequência, também visa fazer com que a CNN Brasil passe a operar no azul em 2023. Além disso, as demissões previstas no Rio não significam nem 1% do total de funcionários do canal.
Procurada, a CNN Brasil não se posicionou acerca das demissões.
CEO da CNN Brasil enxuga gastos
Renata Afonso, CEO da emissora de notícias, havia concedido, em maio, uma entrevista ao site Tela Viva e pontuou os escritórios locais em Brasília e Rio de Janeiro. "Em ambos temos estruturas grandes, com estúdio, redação", iniciou.
"Mas, temos jornalistas em todo o Brasil. Serão fundamentais no nosso esquema de cobertura eleitoral. Vamos acompanhar os candidatos à presidência em toda jornada pelo país, mas também as eleições estaduais", disse ela em maio.
Neste terceiro ano (2022) ou no começo do próximo devemos chegar ao breakeven (igualar receitas e despesas) um pouco antes do que era imaginado.
Renata Afonso, CEO da CNN Brasil
Na mesma entrevista, ela já também afirmou que "fazer jornalismo relevante custa muito caro". "O jornalismo com comprometimento é ainda mais desafiador, financeiramente", ponderou.