Planos ambiciosos

Com receita em alta, Globo promete investir 50% a mais em 2022

Emissora espera retomada da economia e planeja um 2022 melhor no quesito financeiro


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Globo investirá mais em conteúdo em 2022 - Foto: Reprodução/TV Globo
Por Redação NT

Publicado em 17/12/2021 às 11:12,
atualizado em 17/12/2021 às 11:24

A Globo destinou R$ 4,5 bilhões à criação de conteúdo e mais R$ 1 bilhão na área de tecnologia em 2020, e o plano é fazer um investimento 50% maior no primeiro item em 2022, de acordo com Manuel Belmar, diretor-geral de finanças da emissora. "Vamos trazer novas histórias que os brasileiros gostam de ver e que a Globo sabe contar", prometeu ele numa entrevista concedida ao Valor Econômico.

De acordo com o executivo, a Globo Comunicação e Participações (GCP), maior companhia de mídia do país, encerrará 2021 com receita em alta, dinheiro em caixa e planos ambiciosos para o ano que vem. A expectativa, segundo números preliminares, é que o grupo cresça entre 17% e 19% em relação ao ano passado.

Na publicidade, que responde por 60% dos negócios, também haverá ganho expressivo, entre 22% e 24%. "São números maiúsculos que denotam a confiança em nosso conteúdo tanto da parte dos anunciantes quanto dos consumidores", orgulha-se Belmar.

O aumento se deve ao fato do grupo ter observado o retorno dos investimentos das campanhas de marketing, que haviam sofrido queda em 2020 com a explosão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A Globo vem tentando democratizar os investimentos na emissora como a Globo Ads, que facilita a compra de espaço publicitário por agências e anunciantes, Globo Sim, voltado a pequenas e médias empresas e Globo Impacto, que mensura critérios da internet e campanha de TV aberta.

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Investindo cada vez mais forte no streaming, Manuel Belmar conta que a plataforma é o centro da estratégia D2C, sigla usada para designar a venda da empresa diretamente ao consumidor final. Em um ano, a receita aumentou 70% com crescimento de 27% no número de assinantes.

Em transformação, ele conta que os modelos de negócios da Globo seguem em processo de mudança, o que pode significar ir ao mercado buscar peças que faltam dentro da estratégia estipulada, como tecnologia e parcerias.

Tudo isso pode afetar áreas como teledramaturgia, linha de shows e jornalismo. "Há momentos em que talentos da tela querem ter uma experiência e decidem sair. A dinâmica é mais fluída. Mas temos a facilidade de ter uma densidade de artistas muito ampla", explica.

A Globo termina o ano com uma caixa que equivale a duas vezes e meia seu endividamento, que é de longo prazo, assegura Belmar. Metade desse montante é protegida por contratos de troca de moeda ou "swap", com as obrigações vencendo em até dois anos, sendo sempre protegidas por hedge.

"Queremos continuar sustentando nosso crescimento com recursos gerados internamente. A Globo é uma empresa que aposta no Brasil. Estamos muito otimistas", encerra o executivo.

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