Silvero Pereira se arrepende de personagem travesti: "Não faria"
Ator de Pantanal desabafou sobre papel feito em A Força do Querer, trama em que foi lançado para o estrelado
Publicado em 18/08/2022 às 18:02,
atualizado em 18/08/2022 às 18:02
Silvero Pereira se mostrou arrependido por ter vivido um personagem travesti na Globo. Em entrevista para o Gshow, o intérprete de Zaquieu de Pantanal relembrou seu papel na novela A Força do Querer (2017), produção em que viveu Elis Miranda/ Nonato, que era motorista pela manhã e à noite fazia apresentações artísticas. Silvero afirmou que, se o convite para fazer o personagem da trama de Glória Perez fosse feito hoje, ele não aceitaria fazê-lo.
"Hoje eu não faria a Elis Miranda, muito provavelmente. Porque eu também me reeduquei sobre essa história, e a gente precisa estar de acordo com as lutas e as causas. Depois de A Força do Querer, eu não aceitei mais nenhum personagem trans/travesti, e inclusive deixei de fazer meus espetáculos por causa disso", explicou.
"Eu fui entendendo, sendo informado e compreendendo essa questão dentro do mercado. Se a gente aceita, a gente está impedindo o mercado de ir em busca dessas pessoas. Hoje, nós não vivemos num mercado em que exista proporcionalidade. Se nós existíssemos dentro de um mercado de proporcionalidade onde as pessoas têm acesso ao estudo e à formação, aí sim a gente estaria em uma outra discussão."
Silvero Pereira
Silvero também refletiu sobre convites para fazer apenas personagens gays. Segundo o ator, ele é capaz de fazer tipos héteros também. "Não é porque eu sou um ator assumidamente LGBT, e porque estou claramente LGBT nas minhas redes e em todo lugar que eu vou, que eu não sou capaz de fazer um personagem hétero, que fuja da minha sexualidade. Espero que o mercado seja um pouco mais inteligente nesse aspecto, que o mercado passe a fazer convites para mim que não sejam só para defender minha causa", analisou.
Silvero Pereira relata surpresa com peões gays
Silvero relatou sua surpresa ao saber da existência de peões gays. O artista revelou ainda que a experiência com funcionários de fazendas na vida real, em uma espécie de laboratório feito antes da novela, ajudou na concepção de seu personagem em Pantanal.
“Eu conversei com vários peões que me falaram da existência de peões gays. E foi muito bonito, porque eu não sabia disso, foi uma surpresa pra mim. Foi muito bonito da parte deles dizerem: 'Ah, tem uns peões aqui que são diferentes, mas não deixam nada a desejar no trabalho. Nos momentos de descontração eles têm a vida deles, mas sobre trabalho não temos nada a falar'”, relatou Silvero Pereira ao podcast Papo de Novela, do Gshow.
“Ele tem a vida dele. E na lida, no trabalho, é uma outra história. Isso é importante pra todos os ambientes, que a gente perceba que todo local de trabalho é assim – que nossa vida pessoal, sexual e amorosa não tem nada a ver com nossa vida profissional.”
Silvero Pereira
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