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Paulo Betti pede prisão de Mário Frias: "Vai para lata do lixo da história"

Em entrevista ao NaTelinha, ator critica gestão do Secretário Especial de Cultura após incêndio na Cinemateca


Paulo Betti detona Mário Frias em entrevista ao NaTelinha
Paulo Betti mostra revolta contra Mário Frias após o incêndio na Cinemateca Brasileira - Fotos: Reprodução
Por Ana Cora Lima, com Walter Felix

Publicado em 31/07/2021 às 14:15,
atualizado em 31/07/2021 às 15:42

O incêndio na Cinemateca Brasileira, na Vila Leopoldina em São Paulo, causou indignação na classe artística. Nas redes sociais, o ator Paulo Betti foi um dos mais incisivos na reclamação sobre o descaso com o espaço cultural, que estava sem gestor desde o final de 2019. O veterano pede a prisão de Mário Frias e a saída do colega da Secretaria Especial de Cultura.

Em entrevista exclusiva para o NaTelinha, Paulo Betti frisa a crítica à gestão do Secretário Especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro. “Mário Frias representa a destruição. Deseja destruir, é equivocado, não tem noção da liberdade da arte, vai para a lata do lixo da historia”, diz.

Extremamente desapontado, Betti esclarece que não pretende liderar nenhum movimento, mas acredita que a atuação de Mário Frias já é uma prova de que não tem competência para o cargo. “Ele agiu criminosamente com o patrimônio histórico audiovisual brasileiro. E não foi só nesse trágico episódio.”

Na sexta, o artista, atualmente no ar como Téo Pereira na reprise de Império, na Globo, também mostrou sua revolta com uma postagem no Instagram e endossou um movimento que pede a prisão de Frias. Na mesma publicação, ele exibe uma foto da Cinemateca em chamas e lista tragédias recentes do noticiário brasileiro.

“Quem mandou matar Marielle? Yanomami morre atropelado por avião de garimpeiro. 15 toneladas de ouro contrabandeadas para o exterior, contaminação ambiental, 545 mil mortes [pela Covid-19], corrupção nas vacinas, ataque à cultura, incêndio na cinemateca, ameaças diretas à democracia. Isso não é motivo suficiente para gritarmos? Basta!”, escreveu.

Frias, por sua vez, afirmou nesta semana que o estado da Cinemateca Brasileira é uma das "heranças malditas do governo apocalíptico do petismo". A afirmação veio em resposta ao deputado federal Paulo Pimenta (PT) após ele dizer que, enquanto a Cinemateca queima, ele estava ao lado de seu braço direito, André Porciuncula, em Roma.

"O estado que recebemos a Cinemateca é uma das heranças malditas do governo apocalíptico do petismo, que destruiu todo o estado para rapinar o dinheiro público e sustentar uma imensa quadrilha de corrupção e sujeira criminosa. Não tivessem feito isto, teríamos verba para criar mil novas Cinematecas", escreveu.

A Cinemateca de SP foi atingida por um incêndio na quinta-feira (29). O imóvel de 9,5 mil m² teve o galpão de arquivo comprometido, uma área de cerca de 1 mil m².

Paulo Betti também criticou Regina Duarte, que ocupou o mesmo cargo: "Ser amargurado"

Em junho, Paulo Betti também havia criticado a passagem da colega Regina Duarte pelo governo de Jair Bolsonaro. Antes de Frias, ela foi nomeada Secretária Especial de Cultura, mas deixou o cargo após três meses. Em vídeo com o presidente, anunciou que assumiria a Cinemateca, mas foi exonerada antes.

“A trajetória da Regina foi uma coisa trágica, sem dúvida nenhuma, não tem nada de cômico. Ela vem de uma consciência política, lá do tempo do seriado Malu Mulher (1979), mas foi decaindo e se metamorfoseando até se converter nesse ser amargurado que tentou justificar a ditadura militar e apoiou o governante que conduz o nosso país de forma desastrosa. É muito triste”, opinou na entrevista à revista 29Horas.

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