Luta

Maestro João Carlos Martins revela 'câncer agressivo' e compara cirurgia a operação de guerra

Músico acredita estar curado


João Carlos Martins regendo orquestra, de cabelo esvoaçado e roupa social branca com suspensório
O maestro João Carlos Martins - Divulgação

Aos 84 anos, João Carlos Martins revelou que foi diagnosticado com um "um câncer agressivo na próstata" no mês de março. A notícia só foi compartilhada pelo maestro neste domingo (27), depois que ele fez biópsia e passou por uma cirurgia comparada a uma "operação de guerra".

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o veterano definiu o momento em que recebeu o diagnóstico como "devastador", além de contar o drama que viveu no pós-operatório. Ele ainda disse que acredita estar curado e não cancelou sua agenda de apresentações.

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"O câncer foi extirpado da próstata. É evidente que sempre pode haver uma reincidência. Mas não vai ser o meu caso. Depois de ter realizado 30 cirurgias, principalmente nas mãos, a última coisa que eu esperava era câncer na próstata... a operação [no fim de março] durou 4h20 e foi um sucesso de 100%. Mas o pós-operatório foi um grande problema. Eu nunca vivi algo tão dramático", lembrou o maestro João Carlos Martins.

Maestro João Carlos Martins viveu pós-operatório dramático

João Carlos Martins sorrindo timidamente para a câmera

O maestro João Carlos Martins falou sobre o motivo de ter sofrido tanto em seu pós-operatório. "Depois que fiz uma tomografia com contraste, a equipe entrou no meu quarto e disse: 'você está correndo o risco de ter seu intestino delgado perfurado'. Havia uma obstrução e as fezes já estavam perto da circulação", lamentou.

"Começou uma operação de guerra que durou 24 horas. Eu tenho até vergonha de contar. Injetaram um litro [de uma substância para desobstruir o intestino]. Era como se eu estivesse em uma galeria de esgoto. Eu preciso ser trocado de meia em meia hora. Meu Deus do céu! Foi a pior noite da minha vida. Fiquei traumatizado. Eu durmo e acordo com isso. Mas, graças a Deus, eles me salvaram", agradeceu ele, afirmando que não tem medo da morte.

João Carlos Martins já havia sido submetido a muitas cirurgias devido à distonia focal, distúrbio de movimento que afeta as mãos e causa contrações musculares involuntárias.

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