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OlharTV: Voa, voa até o céu, "Brabuleta"


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Divulgação/TV Globo
Quando "Cheias de Charme" estreou eu já imaginava que viria algo de bom. Afinal, prometia ser a volta das comédias leves, nem muito pastelão, tão pouco apelativas, tradicionais para esse horário. Eu só não podia supor que a novela resgatasse em mim, e talvez em muitas outras pessoas, o prazer de sentar em frente à TV para acompanhar uma produção.   
 
Confesso que sempre fui amante das novelas das sete. As produções mais queridas, interessantes, memoráveis, são deste naipe: "Final Feliz", "Brega & Chique", "Ti Ti Ti", "Bebê a Bordo", "Vamp", "Guerra dos Sexos", "Top Model", "Cambalacho", "Sassaricando", e tantas outras...
 
Este horário é aquele dedicado a família, quando teoricamente todos estão em casa e podem sentar-se a mesa para jantar e curtir uma novelinha. Por isso, as tramas precisam ser leves e com história para agradar do mais jovem ao mais velho, sem censura. 
 
O horário das seis tende a ser mais histórico e cultural, com tramas de épocas passadas, que resgatam nossa cultura e servem de incentivo para os jovens, herdeiros de "Malhação", entenderem um pouco nossa formação, ou com temas místicos, que agradam as donas de casa.
 
No entanto, são as “proibidas para menores” que se tornam mais notórias, dando a sensação de que as pessoas só se interessam por sexo, sangue e violência, o que não pode ser visto como uma regra.
 
Curiosamente, em recente entrevista, o ator José de Abreu, que interpreta o Nilo em "Avenida Brasil", disse fazer um tremendo sucesso com o público infantil que, em sua opinião, gosta dos vilões. Mas isso é assunto para outra coluna.
 
Vai deixar saudade
               
Como tudo o que é bom um dia acaba, esta semana nos despedimos das Marias: Penha, Rosário e Aparecida - as Empreguetes -, do malandro Sandro, do responsável Otto, do encantador Elano, do mauricinho Conrado, das patricinhas Isadora e Ariela, da “periguete” Andressa, do "171" Tom Bastos, do galanteador Fabian, do príncipe Inácio e dela, a incomparável Chayene.
 
Personagens pitorescos, um tanto caricatos, que fazem parte de nosso cotidiano, seja ele batalhador, simples e verdadeiro como as três Marias ou fantasioso, colorido e narcisista como a “Brabuleta”.    
 
Acompanhei uma entrevista de Claudia Abreu no "Mais Você", na qual falou do desafio em interpretar um papel tão desprovido de vergonha, de limites, e sua colega de elenco, Taís Araujo, afirmou que esse trabalho fará com que seus olhares para novas pessoas, novos trabalhos, nunca mais sejam os mesmos.
 
E nós também! Acredito que após uma novela tão legal, com personagens politicamente corretos e incorretos, mas acima de tudo humanos, que erram, acertam, arriscam, caem, levantam, acordam ou simplesmente se mantêm envolto ao redor do próprio umbigo, podem nos fazer pensar e agir diferente.
 
 
Tatiana Bruzzi é colunista do NaTelinha e editora dos blogs:

www.blogespetaculosas.blogspot.com

www.eueumesmaemeusfilmes.blogspot.com
 
 
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