NaTelinha no SBT: De conversa sobre nova grade com Patricia Abravanel a encontro com CEO
Colunista Sandro Nascimento esteve no SBT para entregar troféu de Silvio Santos à Patricia Abravanel
Publicado em 21/04/2024 às 09:00,
atualizado em 21/04/2024 às 09:58
Estive na sede do SBT em São Paulo para entregar um troféu a Patricia Abravanel, do prêmio vencido por Silvio Santos em 2020 quando a TV completou 70 anos. Na época, o NaTelinha promoveu uma votação com os principais colunistas de TV do país, que elegeram o apresentador como a maior personalidade na história do veículo. Ao chegar na emissora, aproveitei a oportunidade e fiz um tour pelos bastidores, percebendo um SBT bastante diferente da minha última visita. É esse bastidor que tentarei explicar neste artigo.
Iniciei conhecendo o estúdio 3 do Programa Silvio Santos. Patricia Abravanel grava toda terça e quinta-feira no período da tarde, geralmente por volta das 14h. A gravação vai ao ar na semana posterior.
O ritmo de filmagem do PSS é como se fosse ao vivo, fazendo curtas interrupções entre um quadro e outro para a troca de cenários. Nos bastidores, sem a câmera ligada, percebi que Patricia Abravanel busca também substituir seu pai na maneira como trata o auditório. Ela mantém um diálogo próximo da plateia e, com isso, conseguindo diminuir a distância entre a artista e as colegas de trabalho.
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Com o fim da gravação do quadro Qual é a Música, Patricia foi avisada da minha presença, que estava acompanhado de Fabrício Falcheti, fundador e CEO do NaTelinha. E antes de gravar a entrega do troféu, ela nos chamou para o auditório e tivemos uma conversa interessante sobre televisão.
Dentro outros temas, ela queria saber a nossa opinião sobre a nova grade de domingo sem Eliana. Em alguns momentos da conversa, de forma natural, Patricia fazia gestos com a mão que lembravam os do pai. Ela não percebia, mas a cena me chamou atenção. Tudo ali, no meio do auditório .
A nova grade do SBT aos domingos
Como bom jornalista, tentei extrair dela como ficaria a nova programação da emissora. Patricia respondeu que sabia, mas não podia me contar. Insisti se, na nova grade do SBT, ela trabalharia mais, ela sorriu e repetiu a resposta anterior. Foi neste momento que dei minha sugestão de que a nova programação deveria ter o Circo do Tirú, seguida por Celso Portiolli e o PSS, aumentando o tempo de arte de cada um dos dois apresentadores.
Patricia ficou por alguns instantes olhando para mim sem dizer nenhuma palavra, prestando muita atenção nas minhas justificativas do pitaco. Com um olhar de surpresa, agiu com muita simplicidade ao ouvir tudo: “Você tem toda razão. Vou falar com a Dani (Beyruti). Publica essa ideia, se a gente utilizar pode dizer que copiamos você”. Logo depois, revelou que se cogitava a contratação de uma nova pessoa, mas com essa sugestão, não seria necessário. Com esse comentário, achei que ela comprou a proposta.
A conversa desviou-se naturalmente para outros tópicos relacionados à televisão. Ela conseguiu nos deixar confortáveis para expressar nossa visão sobre o meio de comunicação de TV aberta.
A conversa só chegou ao fim porque a equipe precisava gravar o Show de Calouros. E se o trecho tivesse sido gravado e fosse ao ar, todos perceberiam que Patricia também desenvolveu um aguçado feeling artístico.
Ao fim, ela desejava receber o troféu do NaTelinha durante o “Calouros”, mas foi orientada pelo diretor de que isso interromperia o ritmo. Patricia acatou sem questionar, um gesto simples, mas que demonstra um pouco da humildade sem ter a câmera ligada.
Logo após o término da gravação do quadro, ela nos convidou novamente ao auditório e pudemos fazer a entrega do troféu de seu pai, agora valendo. Despedimos-nos e tiramos fotos com o elenco do Show de Calouros. Não sem antes sermos presenteados com o boneco do Silvinho.
Encontro com Daniela Beyruti, CEO do SBT
Saímos do estúdio e iniciamos um tour pelas dependências do SBT. Visitei o estúdio onde são produzidos os programas Primeiro Impacto, Chega Mais, Fofocalizando e SBT Brasil. Todos os cenários são próximos uns dos outros e ouvi que, carinhosamente, o espaço foi apelidado internamente de Vila do Chaves.
Por coincidência, encontramos Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos e CEO do canal. Assim como a irmã apresentadora, nos atendeu com simplicidade e o assunto que dominou o encontro foi a TV aberta.
Conversamos sobre o Fórum da Televisão de publicidade infantil promovido pelo NaTelinha no dia anterior. Daniela queria saber detalhes. Ela expressou o desejo de produzir mais programas infantis no SBT e comentou que, se estivesse no comando da emissora na época, o Bom Dia & Cia nunca teria saído da grade diária. Também conversamos sobre a programação de domingo e outros temas. Ela sempre mostrou grande interesse em saber nossas opiniões.
Se vocês, leitores, quiserem saber sobre minha percepção dos bastidores, respondo que senti que a emissora passa por uma transição para o seu futuro. O SBT se renovou, preparando-se para o amanhã. Foi um dia agradável que valeu por tudo, especialmente pelo delicioso peixe grelhado e o pudim de leite do restaurante da emissora. Parabéns ao chef.
Nessa caminhada pelo canal, percebi que a emissora mudou tanto na programação quanto nos bastidores. Hoje, a emissora mantém 90 horas de grade ao vivo por semana, e essa nova realidade é perceptível com funcionários circulando freneticamente pelos corredores. Uma situação inversa da minha última visita, antes da pandemia. O clima é de um novo SBT.