Se deu mal

Jovem Pan rompe com afiliada após dono admitir ter financiado atos golpistas em Brasília

Emissora soltou dura nota anunciando o rompimento do contrato

Jovem Pan acabou com contrato de afiliada - Foto: Divulgação/Jovem Pan
Por Redação NT

Publicado em 20/04/2023 às 22:01:00,
atualizado em 20/04/2023 às 22:03:42

A Jovem Pan anunciou na noite desta quinta-feira (20) o rompimento do contrato com uma afiliada em Itapetininga, no interior de São Paulo. O anúncio foi feito horas depois do proprietário da empresa que detinha os direitos de transmissão na cidade confirmar, em entrevista, que financiou os atos golpistas na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.

Milton de Oliveira Júnior, dono da marca na cidade, participou de uma entrevista e não se fez de rogado. "Eu contribuí, deputada. Eu contribuí. Entrego o recibo para a senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço, está lá", garantiu sem nenhum medo de punição.

Tanto que ele revelou não ter medo de ir parar na prisão. "Se eu tiver que ser preso porque ajudei patriotas a irem para a Brasília fazer protesto contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum. Temos que assumir os compromissos que fazemos. Não tenho medo da Justiça. Eu contribuí, deputada, se a senhora quiser eu mando no seu WhatsApp os recibos de pix, está tudo com o meu CPF", encerrou.

O caso da invasão golpista gerou muita repercussão em 8 de janeiro, com direito da Globo derrubar toda a grade para fazer a cobertura dos manifestantes, que acabaram atrás das grades. A partir dali, a Jovem Pan mudou sua postura de apoio a protestos e até o presidente do grupo se afastou, além de demitir vários comentaristas.

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Horas após a manifestação de Milton, o grupo Jovem Pan emitiu nota confirmando que cessou o contrato com a afiliada. Confira a nota na íntegra.

"O Grupo Jovem Pan informa que encerrou na tarde desta quinta-feira, 20 de abril, o contrato de filiação com a produtora DPV Limitada – Jovem Pan Itapetininga.

A referida emissora exibiu conteúdo em sua programação e nas plataformas digitais que expõe a marca da Jovem Pan e viola cláusulas contratuais que têm como objetivo a preservação da marca e a reputação da Jovem Pan enquanto empresa de comunicação.

A rede Jovem Pan SAT tem como premissa que as emissoras afiliadas, ainda que responsáveis pelo conteúdo que geram regionalmente, devem refletir os princípios e valores que o Grupo Jovem Pan defende há 80 anos.
Quando essa postura não é observada, gerando prejuízo para a Jovem Pan enquanto instituição, nos obrigamos a adotar as medidas legais cabíveis com o rigor necessário.

O Grupo Jovem Pan esclarece ainda não apoia a conduta dos administradores da produtora DPV Limitada e dos demais integrantes do programa que levou à exclusão do grupo de afiliadas Jovem Pan.
A audiência da Jovem Pan, na região de Itapetininga, no interior paulista, ainda pode ouvir a programação pelo PanFlix"

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