TV Aparecida produz grande reportagem sobre mártires da igreja católica
Reportagem apresenta a vida de religiosos que lutaram para defender os mais vulneráveis
Publicado em 19/04/2023 às 22:30
A TV Aparecida exibe nesta quinta-feira (20), às 22h, mais uma edição da premiada série Desafios da Igreja. Desta vez o tema será Mártires da Caminhada, que traz histórias de três figuras centrais que lutaram até o último minuto de vida no objetivo de defender os mais pobres e vulneráveis, e pela garantia dos direitos humanos.
Entre as viagens realizadas pela equipe do programa está a de Anapú, no Estado do Pará, para mostrar o trabalho que foi realizado pela Irmã Dorothy Stang, missionária da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur, que foi morta em 2005. A religiosa agia em defesa da Amazônia, dos trabalhadores rurais sem terra e na reforma agrária por meio de um projeto de desenvolvimento sustentável.
Outra visita foi na região de Cacoal, Estado de Rondônia, onde se passou a história do padre Ezequiel Ramim, missionário comboniano que foi assassinado em 1985, aos 32 anos, ao voltar de uma missão de paz, após uma conversa com posseiros que buscavam a legalização das terras. Ele lutou para defender os direitos dos povos indígenas e das famílias pobres da região.
E em São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, foram entrevistadas pessoas que conviveram com o Bispo Pedro Casaldáliga, falecido em 2020, aos 94 anos. O religioso espanhol, apesar de não ter sido assassinado, é considerado um mártir, pelo seu trabalho em defesa dos povos indígenas e camponeses na região, conhecida como Vale dos Esquecidos.
TV Aparecida exibe o programa nesta quinta-feira (20)
- Desafios da Igreja - Mártires da Caminhada, quinta-feira (20), às 22h e reapresentação no domingo (23), às 16h50.
Exibida pela TV Aparecida, a produção do documentário durou três meses, entre pesquisa, entrevistas e produção. Segundo Camila Morais, jornalista responsável, a ideia do tema surgiu após sua participação no Fórum Social Pan-Amazônico, e através do trabalho da REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica), ela pode ver como a Igreja preserva com muito cuidado a memória dos mártires da caminhada.
"Foi interessante conversar com pessoas que conviveram com esses mártires porque vemos na prática como é a decisão de quem assume viver o Evangelho em sua integridade e até as últimas consequências. Perceber que essas pessoas que morreram, pagaram com a vida a defesa do outro. Com isso, aprendemos que a Igreja tem essa responsabilidade de assumir a causa dos mais desprezados, mesmo que o preço que se pague seja muito alto", ressalta a jornalista.