Ato terrorista em Brasília faz Globo ter atitude inédita com a GloboNews
Emissora interrompeu filme para cobrir manifestações golpistas e de vandalismo neste domingo (8)
Publicado em 08/01/2023 às 17:45,
atualizado em 08/01/2023 às 18:56
A Globo derrubou sua programação na tarde deste domingo (8) para cobrir os atos de depredação das sedes dos três poderes em Brasília. A emissora transmitiu em rede nacional a cobertura do canal pago GloboNews para os atos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificados pelos jornalistas como “terroristas”.
“Nós voltamos a falar sobre os atos de vandalismo que estão acontecendo nesta tarde de domingo em Brasília. Apoiadores radicais, golpistas, do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal”, disse Poliana Abritta ao interromper a grade da Globo.
A entrada da jornalista, no estúdio do Fantástico, ocorreu por volta das 17h20, quando a emissora exibia o filme Vingadores: Guerra Infinita na sessão Campeões de Bilheteria. “Vocês veem imagens agora do Palácio do Planalto, onde eles invadiram e depredaram o patrimônio público, quebraram vidraças”, prosseguiu a jornalista.
A âncora ainda informou que os manifestantes golpistas quebraram câmeras de segurança e vandalizaram as localidades, usando máscaras nos rostos para se proteger de bombas de efeito moral. E frisou: “Agora há pouco tinha um manifestante golpista radical, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro que escorregava da mesa do plenário do Senado Federal”.
“Essas imagens são de atos de vandalismo que acontecem ao longo da tarde neste domingo em Brasília, uma semana depois da posse do presidente eleito Lula”, acrescentou Poliana. Na sequência, ela anunciou a entrada da cobertura com jornalistas da GloboNews, que seguiram com imagens dos atos de vandalismo.
Ao contrário de outros canais, tanto a Globo quanto a GloboNews adotaram um tom crítico às atitudes dos apoiadores de Jair Bolsonaro em Brasília. Os jornalistas ressaltaram a depredação a bens públicos, o tom antidemocrático das manifestações – contrários à vitória de Lula nas urnas – e a palavras de ordem inconstitucionais, como o fechamento do Congresso Nacional.
