Publicado em 03/11/2022 às 04:44:00
Caco Barcellos recebeu ameaças ao investigar um esquema de compra de votos para Jair Bolsonaro na cidade de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul. O caso, exibido no Profissão Repórter de terça-feira (1º), não foi isolado. Apoiadores do atual presidente, derrotado por Lula no segundo turno das eleições, têm um histórico de ataques a profissionais de jornalismo.
Tal postura é um reflexo da forma como o próprio Jair Bolsonaro lida com a imprensa. Em 2020, um repórter do jornal O Globo perguntou sobre cheques depositados pelo ex-assessor Fabrício Queiroz e pela esposa dele, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Na ocasião, o presidente disparou contra o repórter: "Minha vontade é encher tua boca na porrada".
Em audiência pública promovida em junho pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, jornalistas afirmaram que o presidente Jair Bolsonaro estimula um clima de desinformação e de violência e hostilidade contra a imprensa. Foi também o que apontou o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, elaborado pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), sobre o ano de 2021.
VEJA TAMBÉM
Na televisão, foram muitos os casos nos últimos quatro anos. Nesta semana, houve outro exemplo além do que envolveu Caco Barcellos. Durante o Brasil Urgente de terça-feira, a equipe de reportagem da Band foi hostilizada por bolsonaristas em uma estrada em São Paulo. Datena ficou irritado ao ver a repórter do programa, Clara Nery, sendo ameaçada ao vivo.
"Parece que a situação está calamitosa aí, né? A nossa repórter está sendo ameaçada na rodovia Hélio Smidt. Manifestantes estão partindo pra cima de você ou da imprensa? Você está sozinha aí ou a imprensa toda está aí?", indagou Datena ao mesmo tempo em que era mostrado pessoas com a bandeira do Brasil expulsando a equipe de perto do protesto contra a vitória de Lula na disputa presidencial.
A repórter explicou em seguida, afastando-se da confusão: "Está toda imprensa. Estão hostilizando a imprensa, jogando água na gente. A Polícia Rodoviária Federal está tentando controlar aqui, agora, vou me afastar um pouco deles aqui". Na sequência, Datena repudiou o ato antidemocrático dos manifestantes que não aceitam o resultado das eleições.
Em setembro, a jornalista Carol Romanini relatou em entrevista ao NaTelinha que vinha sofrendo perseguições após ter sido demitida da RicTV, afiliada da Record no Paraná, depois de ter usado roupa vermelha – cor associada ao PT (Partido dos Trabalhadores). O desligamento, segundo o SindJor (Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná), aconteceu a pedido do deputado federal Filipe Barros à direção do canal.
Responsável pela Hora da Venenosa Londrina, Carol Romanini afirmou que até sua família estava sendo atacada pela rede bolsonarista na web. “Minha filha, que é uma adolescente de 16 anos, sendo alvo de palavras pesadas de morte, gordofobia. Me foge as palavras agora. Têm palavras contra mulheres, coisas preconceituosas. Dizem que a gente é marmita de presidiário, coisa desse nível.”
“Minha filha não vai à escola há uma semana. Ela tem medo até da sombra, pra você ter ideia de como essas pessoas aterrorizam a gente”, lamentou a jornalista na ocasião. “Eu já registrei boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil. É contra as agressões, contra a exposição feita pelo deputado contra mim. Também contra todas as pessoas.”
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Nas férias
Personalidades
Brother?
Será?
Exclusivo
Relação tóxica
Força maior
Lembra dela?
Marcou época
Big Boss
Eita!
Experiente
Na ABC
Assunto sério
Ponto final
Next Level Chef
Dança das cadeiras
Suprema
Reforço
No aquecimento