Publicado em 14/05/2022 às 08:57:00
Sem a Libertadores para chamar de sua, já que o torneio mais importante do nosso continente voltará para as mãos da Globo a partir de 2023, o SBT conseguiu os direitos da Copa Sul-Americana, segundo torneio mais importante da América do Sul, equivalente à Europa League que a emissora também transmite. E em seu comunicado, já deixou claro: pretende fazer o torneio mudar de patamar no Brasil, exatamente como fez com a Copa do Brasil nos anos 90.
A Copa do Brasil foi criada em 1989 em virtude de um apelo das federações estaduais, que reclamavam do fato de não poderem enfrentar times de maior apelo, já que não conseguiam disputar o Campeonato Brasileiro. Nos primeiros anos, o torneio de mata-mata reunia 32 times, enquanto hoje o número pulou para 92. Nos primeiros anos, a segunda competição mais importante do país era tratada com certo desprezo pelos clubes, mas isso mudou principalmente a partir de 1995, quando o SBT apostou alto nos direitos e fez com que a competição mudasse de patamar.
Em um período que havia investimentos no Jornalismo e na Dramaturgia, o SBT viu na Copa do Brasil a oportunidade perfeita para fazer bonito também no esporte. Com transmissão exclusiva daquela temporada, fez com que a Globo se arrependesse de dar de ombros para o certame. A final entre Corinthians e Grêmio rendeu ao canal de Silvio Santos uma audiência só superada pela primeira edição da Casa dos Artistas. Foram 42 pontos de média e 54 de pico na Grande São Paulo, número este que se tornou praticamente "irrepetível" nos dias atuais.
O fato fez com que a Globo logo se mobilizasse para voltar a transmitir o torneio. E em 1998, readquiriu os direitos. Atualmente, a Copa do Brasil é a competição que mais paga aos clubes. O campeão pode chegar a embolsar R$ 80 milhões, de acordo com a CBF. Hoje em dia, também há valorização por parte das equipes e é uma das atrações da emissora carioca ao longo do ano, principalmente nas fases mais agudas, ainda atingindo altos índices de audiência.
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Ciente da boa cobertura que realiza desde 2020 com a Libertadores, o SBT pretende, claro, valorizar seu próprio produto daqui em diante, exatamente como fez nos anos 1990 com a Copa do Brasil e no final daquela década, com a Copa Mercosul, precursora da atual Sul-Americana.
A competição foi criada em 2002 e era marginalizada pelos clubes brasileiros. Apontada como "série B da Libertadores", nem as próprias equipes davam bola ao certame no início, tanto que no primeiro ano, não houve representantes do país, sob alegação de falta de calendário.
Nos anos seguintes, a coisa só melhorou com o título do brasileiro Internacional, mas nos últimos anos, a Sul-Americana simplesmente desapareceu da TV aberta, ficando restrita ao DAZN, no streaming, esporádicas exibições na RedeTV! e na Conmebol TV, pay-per-view criado pela entidade com equipe do Grupo Bandeirantes para não deixar o torneio no completo apagão no Brasil.
Em 2021, o Corinthians participou da competição, que é um verdadeiro canhão de audiência. Nesta temporada, está o São Paulo, Santos e Fluminense, por exemplo. Em 2023, clubes tradicionais devem continuar participando, fazendo com que o SBT consiga manter certo poder de fogo para atingir bons números de audiência.
A Conmebol, no frigir dos ovos, conseguiu obrigar a Globo a fazer o que ela não queria antes: exibir seus parceiros comerciais e obrigá-la a transmitir a final mesmo que não tenha um brasileiro envolvido. Tudo isso para uma audiência maior que a do SBT. É a lei do mercado. De quebra, conseguiu emplacar a Sul-Americana, que estava esquecida, e que se fosse para a rede carioca, certamente seria regionalizada sem tanto destaque.
Agora, terá um SBT faminto na tentativa de provar ainda mais que é capaz de realizar uma boa cobertura. E a certeza, ainda, que o departamento de esportes continuará, ao menos, até o fim da temporada 2026.
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