Publicado em 14/12/2021 às 21:24:28
Durante o Jornal Nacional desta terça-feira (14), William Bonner leu resposta da Globo sobre posicionamento de Jair Bolsonaro sobre as agressões de seguranças dele à imprensa no último domingo (14). Segundo o apresentador, o presidente não condenou a violência e também colocou as palavras dos jornalistas vítimas em prova. Na sequência, o âncora informou a posição da Globo sobre a manifestação de Bolsonaro.
"O presidente Jair Bolsonaro se manifestou hoje sobre as agressões de seguranças da presidência a jornalistas da TV Bahia, afiliada da Globo, e da TV Aratu, afiliada do SBT, durante a viagem dele a Bahia. As agressões foram anteontem, domingo. Em conversa com apoiadores, publicada com cortes por um site de apoiadores na internet, o presidente Bolsonaro não apenas não condenou a atitude dos seguranças que agrediram os repórteres como ainda acusou jornalistas, sem provas, de mentir", disse Bonner.
"A Globo, mais uma vez, se solidariza com jornalistas, dessa vez, por terem as palavras postas em dúvida e de maneira injustificável", afirmou. Enquanto a Globo se manifestou contra as agressões, o SBT minimizou a violência.
Durante o SBT Brasil, os âncoras informaram sobre o episódio ao público, mas não repudiaram a violência que, inclusive, a equipe do canal sofreu. No final da matéria, não houve defesa da emissora ao seu repórter agredido, Francisco Lopes, nem houve nota de repúdio.
"Um jornalista da TV Aratu, afiliada do SBT, e da TV Bahia, afiliada da TV Globo, foram agredidos por apoiadores de Jair Bolsonaro a Itamaraju, na Bahia, neste domingo", disse. Na sequência, o jornal mostrou imagens da violência e narrou o que aconteceu.
Ao retonar para a bancada, o SBT não se manifestou sobre o ocorrido. "Após o incidente, jornalistas foram recebidos em outro local. O presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Cidadania, João Roma, pediram desculpas pelas agressões", finalizou a âncora.
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A equipe de seguranças de Jair Bolsonaro está sendo acusada de ter agredido uma equipe de TV durante a passagem da comitiva pela Bahia neste domingo (12), por conta das enchentes que acometeram o estado e que deixaram centenas de pessoas desabrigadas. A repórter Camila Marinho, da TV Bahia, teria recebido um mata-leão de um dos seguranças indicados para garantir a integridade física do presidente.
Segundo informou a GloboNews, um grupo de seguranças foi convocado para formar um paredão no momento em que Bolsonaro descia, num estádio de futebol, após ter sobrevoado as áreas alagadas da região. A ideia seria para impedir a aproximação de diversas equipes de reportagens, que já estavam no local buscando uma entrevista ou alguma declaração oficial do presidente.
Teria sido neste momento que a repórter Camila Marinho tentou uma declaração de Bolsonaro e esticou seu braço com o microfone, mas a reação dos seguranças foi imediata. Ela foi segurada pela parte interna do braço, num movimento que é conhecido como mata-leão. Não houve registro de imagem do acontecimento, já que houve confusão entre os seguranças e outros jornalistas.
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