Publicado em 18/10/2021 às 06:16:33,
atualizado em 18/10/2021 às 10:40:27
A dança das cadeiras no jornalismo da Globo levou César Tralli ao Jornal Hoje e, com isso, o jornalístico perde uma identidade que sempre fez parte de seu DNA, mas que era executado consecutivamente por mais de 20 anos. É a primeira vez que a atração não terá uma mulher como titular da bancada desde 2001 e poucas vezes isso aconteceu na história.
Para se ter noção da importância do público feminino para este formato, no Memória Globo mostra-se que, desde a criação, as telespectadoras foram protagonistas do Hoje. "Quando o telejornal foi criado, em 1971, o objetivo era ser uma revista eletrônica voltada para o público feminino", diz trecho do texto. Dessa vez, no entanto, as mulheres terão de se acostumar com a apresentação de César Tralli, que trocou o SP1 enquanto Maju Coutinho deixa a titularidade para assumir o Fantástico. Isso porque, como se sabe, Tadeu Schmidt irá apresentar o BBB.
Embora pouca gente comente o caso, a última vez que o Jornal Hoje ficou sem mulheres no comando foi entre 1999 e 2001, quando Carlos Nascimento ocupou a bancada sozinho. Isso, após 24 anos em que elas faziam parte do cotidiano da apresentação do jornal. Embora ao ser criado, em 1971, dois homens tenham assumido o comando, com Léo Batista e Luis Jatobá, a partir de 1975, quando Márcia Mendes virou apresentadora, sempre houve mulheres apresentando o programa.
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Para se ter uma ideia, até que Carlos Nascimento rompesse a tradição feminina, nomes como Sônia Maria, Marisa Raja Gabaglia e Leda Nagle comandaram o Hoje entre os anos 70 e 80, incluindo aí Marcia Peltier, que substituiu Nagle em 1989 e inaugurou uma nova fase do jornal, que passou a ter nomes, que se tornariam dos mais importantes do jornalismo da Globo nos anos seguintes.
Em 1990 a Globo fez uma profunda reformulação na atração, justamente por considerar que havia perdido a conexão com o público feminino e, um ano depois, outra mulher voltou para a atração: Valéria Monteiro. E até 1993 o programa foi apresentado por duas mulheres, incluindo na lista, Cláudia Cruz, que entrou no lugar de Peltier. Nesse ano, a Globo voltou a apostar em dupla mesclada e Willian Bonner foi convocado como novo apresentador, fazendo dupla com Cristina Ranzonin.
Quando Bonner assumiu o comando do Jornal Nacional, a Globo convocou Fátima Bernardes para manter a identidade feminina e, além de apresentar o programa, ela assumiu a função de editora-chefe, até também ser convidada para o jornalístico noturno e abrir espaço para outra mulher: Monica Waldvogel. Mas as mudanças seriam grandes no fim do milênio, com Sandra Annemberg assumindo a atração pela primeira vez, até ser retirada em 1999 para Carlos Nascimento se tornar o primeiro apresentador solo masculino do JH.
A identidade feminina foi recuperada em 2001, quando Carla Vilhena dividiu a bancada com Nascimento, onde permaneceu por dois anos. A partir daí, Annemberg retomou ao comando do Jornal Hoje, agora dividindo o comando com Carlos Nascimento, numa dupla que ficaria marcada pela química com a dona de casa.
Depois, Annemberg teve vários parceiros de cena, como Evaristo Costa e Donny de Nuccio, sempre com a apresentação focada na dona de casa. Tanto que outras mulheres assumiram a bancada em folgas dos titulares, como Zileide Silva, Renata Capucci, Mariana Godoy e Flávia Freire.
Mas o convite para Sandra assumir o Globo Repórter, fez com que a Globo levasse Maria Júlia Coutinho para o posto, mantendo a tradição de mulheres no comando do JH, que acaba de ser quebrado pela primeira vez em 20 anos, trazendo novo desafio ao programa e, claro, a Tralli.
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