Publicado em 06/07/2021 às 04:00:00,
atualizado em 06/07/2021 às 10:03:43
Helena Rizzo estreia na noite desta terça-feira (6) no MasterChef, na Band, com uma missão árdua: substituir Paola Carosella após sete anos à frente do programa. Mas, engana-se quem pensa que a gaúcha teme ser comparada com a argentina no júri. "Temer [ser comparada] não é a palavra. Ela inaugurou o programa junto com o Erick Jacquin, Henrique Fogaça e a Ana Paula Padrão. Eles fizeram o programa ser o que é, mas a primeira coisa que nós sabemos é que as pessoas vão comparar e eu estou preparada", avisa numa entrevista exclusiva ao NaTelinha.
"Os haters, ao invés de dedicarem o seu tempo ao ódio, poderiam se dedicar para fazer outras coisas mais interessantes, mas, enfim, isso é pessoal de cada um. Acredito que comparações são naturais, mas temos que somar sempre. Temos no Brasil uma representatividade feminina muito forte e diversa, várias cozinheiras, pesquisadoras dentro da gastronomia, mulheres maravilhosas, cada uma com seu estilo, com seu jeito, pensamento, e eu acho que esse conjunto faz a força. Essa é a minha opinião", acrescenta a chef, que se junta à Fogaça e Jacquin no corpo de jurados.
Apesar de não temer a comparação com a antecessora, Helena Rizzo admite que se trata de uma grande responsabilidade, devido a credibilidade de Paola e toda a trajetória que construiu no reality. Admiradora dela, reconhece que a nova empreitada dá um certo frio na barriga. "Dá um medinho, mas também acho que cada um é cada um. Mesmo se eu quisesse, nunca vou conseguir ser a Paola. Cada uma tem a sua história e sua trajetória profissional. Eu topei esse desafio de peito aberto. Não foi um peso, eu não usaria essa palavra, porque se fosse um peso, eu não aceitaria. É um desafio."
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A chef gaúcha começou a carreira em 1997, e nunca pensou em levar a culinária para a TV. Ela conta que esse nunca foi seu objetivo, e sempre foi mais da cozinha, mas também aberta aos caminhos que a vida apresenta. "Eu acredito que o MasterChef chegou em um momento bom para mim", comemora.
Rizzo avalia que agora seus restaurantes estão com uma equipe bem estruturada e que isso é resultado de anos de trabalho. "Veio no momento [o convite] que eu consigo fazer isso e a TV tem um papel muito importante. Ela consegue democratizar a gastronomia e compartilhar conhecimento", acrescenta.
Com tantas temporadas no ar, sendo algumas coladas umas nas outras, o MasterChef resistiu ao tempo. Na opinião da profissional, o programa da Band retrata situações que acontecem no cotidiano de um cozinheiro. "É um programa que possui essa pegada de tensão, correria e do psicológico, que é muito importante. É um entretenimento muito bem feito."
A chef confessa que antes não tinha tempo para ver televisão, mas depois de aceitar o convite para estar no júri, assistiu algumas temporadas. "É um projeto muito bem feito. De fato, você fica muito entusiasmado, querendo saber o que vai acontecer e é engraçado. É uma atração que tem muita pressão, mas também possui humor. Isso tudo cativa na TV", afirma.
Gravando há cerca de um mês nos estúdios da Band, elege a prova mais marcante da temporada até o momento: "A prova de cozinha indígena foi muito bacana. Eles cozinharam muito bem. Eu gostei pelo fato dela ter trazido o riri, que seria a nossa pamonha de mandioca, que é um prato que não vemos muito. Não sei se no Norte eles comem todos os dias, mas é um preparo muito gostoso e simples de fazer. Nós não ouvimos falar muito em riri, mas sim em pamonha. Optaram por fazer esse preparo também na prova, então tivemos muitas surpresas. Os competidores deram um show e foi um dia que nós comemos muito bem. Uma oportunidade de mostrar nossos ingredientes e as técnicas indígenas".
Até aqui, segundo ela, houve pratos surpreendentes, com coisas que nunca tinha provado e também novas técnicas. Na terceira temporada, Rizzo chegou a participar do MasterChef, e o nível que encontrou em 2021 a deixou surpresa. "Eu acredito que têm pessoas com um nível muito bom de cozinha e bastante criativas. Cada vez mais nós temos mais informações disponíveis sobre como cozinhar e sobre a gastronomia."
"O cozinheiro amador é uma pessoa que gosta de cozinhar em casa e tem fontes para aprender e para ficar bom. Eu me surpreendi. Tem muitos cozinheiros bons competindo", completa ela, que ganhou o apelido de Magali nos bastidores devido a não se abster de provar os mais diversos pratos oferecidos.
Helena Rizzo também teve a experiência de participar do The Final Table, da Netflix, onde representou a cozinha brasileira e julgou os participantes. "Foi uma experiência muito divertida. Aqueles estúdios, os carrinhos, tudo aquilo que estamos acostumados a ver em filmes. Os participantes eram cozinheiros profissionais e chefs de cozinha de restaurantes muito bons, com estrela Michelin. O nível era altíssimo. Foi muito legal, apesar de ter sido rápido."
"Eu fui duas vezes para os Estados Unidos: na primeira vez, fui para gravar o episódio do Brasil e escolhi o tema. Lembro que eles queriam que fosse carne, mas consegui mudar para mandioca e foi muito legal, uma super experiência. E eu estava ali com chefs que eu super admiro... o Andoni Aduriz, a Anne-Sophie Pic. Foi grandioso e muito bacana", recorda ela.
O MasterChef estreia nesta terça, a partir das 22h30, na Band.
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