Engavetada

Globo "esqueceu" novela antecessora de O Cravo e a Rosa em 2000

Esplendor nunca foi reprisada, ao contrário da sucessora, que está em sua quinta exibição na TV

Letícia Spiller e Floriano Peixoto viveram casal principal de Esplendor, novela exibida em 2000 - Foto: Reprodução/Globo
Por Walter Felix

Publicado em 22/09/2022 às 13:20:00,
atualizado em 22/09/2022 às 15:36:55

Poucos se lembram da novela Esplendor (2000), que a Globo exibiu antes de O Cravo e a Rosa, há 22 anos. Ao contrário da novela de sucesso, que está em sua quinta exibição na TV, a trama soturna assinada por Ana Maria Moretzsohn, protagonizada por Letícia Spiller, Floriano Peixoto e Murilo Benício, nunca foi reprisada, nem na TV aberta tampouco no canal Viva.

Lançada no início de 2000, Esplendor era a tentativa da Globo de reformular a faixa das 18h, que sofria com a baixa audiência. O projeto era investir em “novelas de verão”, com duração mais curta. A trama foi projetada para ter pouco mais de 70 capítulos. Contudo, a boa aceitação com o público motivou o esticamento para 125.

Algo semelhante aconteceria com a história de Catarina (Adriana Esteves) e Petruchio (Eduardo Moscovis) no segundo semestre daquele ano. A novela de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira teria, inicialmente, 90 capítulos. O sucesso foi tanto que acabou espichada para 221. A audiência era a maior do horário em três anos, desde Anjo Mau (1997).

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Esplendor teve uma média de 27,5 pontos na Grande São Paulo, segundo dados do Ibope da época. Ficou à frente dos folhetins anteriores, Força de um Desejo (1999) e Pecado Capital (1998), que tiveram 24,6 e 26,8 pontos, respectivamente, mas foi facilmente superada por O Cravo e a Rosa, cuja média foi de 30,6.

A autora Ana Maria Moretzsohn vinha de uma parceria de sucesso com Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares nas novelas Tieta (1989), Pedra sobre Pedra (1992) e Fera Ferida (1993). Sua carreira solo, porém, teve vida curta: após Estrela-Guia (2001) e o fiasco de Sabor da Paixão (2002), ela migrou para a Record e só retornou à Globo como supervisora em Malhação, em 2011.

 

 

Esplendor foi bem avaliada, mas acabou “apagada” por O Cravo e a Rosa

Em Esplendor, Flávia Cristina (Letícia Spiller) assume a identidade de Flávia Regina (Christine Fernandes) para fugir da polícia e se hospedar como governanta na casa do misterioso viúvo Frederico Berger (Floriano Peixoto). Empregada e patrão se apaixonam, mas a verdade sobre a moça é mantida em segredo por boa parte da história, ambientada nos anos 1950.

A novela chegou ao fim bem avaliada pela crítica e nos bastidores da Globo. Tanto que, ao estrear, a meta de O Cravo e a Rosa era apenas manter os bons resultados da antecessora, como revelou reportagem da Folha de S. Paulo em junho de 2000. O último capítulo chegou a picos de 36 pontos.

Sabe-se que a comédia romântica acabou superando qualquer expectativa. Tanto que “apagou” Esplendor, que nunca foi reprisada. Até hoje, Catarina e Petruchio foram exibidas cinco vezes: além da exibição original, teve reprises em 2003 e 2013, no Vale a Pena Ver de Novo; em 2020, no canal Viva; e em edição especial, desde dezembro na Globo.

O Cravo e a Rosa chega novamente ao fim na próxima semana, em 30 de setembro. A partir de segunda-feira (26), divide a faixa de edições especiais com a primeira semana de Chocolate com Pimenta (2003), também de Walcyr Carrasco, escalada para repetir o sucesso da trama atualmente em cartaz.

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