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De trama amaldiçoada a ator morto: As novelas que a Globo quer esquecer

Confira as produções do canal que tiveram muitos problemas na exibição

De trama almadiçoada a ator morto: As novelas que a Globo quer esquecer - Foto: Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 24/09/2021 às 06:15:09,
atualizado em 24/09/2021 às 12:00:14

Quando uma novela é lançada, vários aspectos fazem ela ser um sucesso ou não. Apesar das maiorias das tramas da Globo ter um público cativo e a meta de audiência ser atingida, nem sempre a emissora conseguiu conquistar o que havia planejado. Algumas situações também podem fugir do controle e acabar por arruinar de vez uma produção. A morte de um ator do elenco de uma novela pode ser administrado, mas quando o protagonista da trama morre a chance de desestruturação nos bastidores é maior.

Em alguns casos, direção e autor conseguem controlar as baixas, como foi no caso de O Primeiro Amor (1972) e Velho Chico (2016) com as mortes de Sérgio Cardoso e Domingos Montagner, mas nem sempre é assim. Sol de Verão, por exemplo, causou comoção com a morte do protagonista, Jardel Filho, tal qual De Corpo e Alma, com o assassinato de Daniella Perez. Em outras ocasiões, os problemas nos bastidores foram tantos que a Globo quer esquecer de vez essas produções. Confira!

Os Gigantes (1979)

Uma das novelas mais controversas da história da emissora começou a dar errado pela escolha do título, que nada tinha a ver com a trama. Em um enredo completamente pesado, o público se deparou com assuntos polêmicos como eutanásia, aborto, doenças, suicídio, e outros temas que afugentaram o telespectador tradicional do folhetim.

Nem no fim, a protagonista Paloma (Dina Sfat, que não escondida sua insatisfação com a trama) deu um ar de esperança e resiliência. A jornalista sobrevoa uma fazenda até seu avião acabar a gasolina.

O clima pesado da novela também resvalou nos bastidores. Brigas entre autor e diretor (Lauro Cesar Muniz e Régis Cardoso, respectivamente), interferências da Censura Federal e baixa audiência foram fortes durante todo o processo do folhetim.

Sol de Verão (1982)

A trama de Manoel Carlos começou em clima agradável nessa novela solar. Mas uma tragédia nos bastidores tomou conta dos noticiários: A morte do protagonista, Jardel Filho, que interpretava Heitor no folhetim. O ator faleceu vítima de infarto fulminante, quatro meses após o início da novela.

A tragédia causou comoção em todo país e desestruturou toda a produção, desde o elenco, técnicos, direção e autor. Sem conseguir terminar a novela, já que criou a história para Jardel, Manoel Carlos abandonou o texto. Lauro César Muniz assumiu a novela, que teve seu fim abreviado. A reta final da novela foi tumultuada, com roteiros da trama chegando em cima da hora, gerando assim o caos nos bastidores.

De Corpo e Alma (1992)

Com uma situação parecida com Sol de Verão, De Corpo Alma também sofreu atrás das câmeras com a morte de uma atriz. Nesse caso, Daniella Perez, filha da autora da novela, Gloria Perez, foi assassinada pelo seu colega de elenco, Guilherme de Pádua e sua mulher, Paula Thomaz.

Apesar de ter sido muito abalada com a morte da filha, Gloria continuou a história até o final. Enquanto Yasmin, personagem de Daniella, viaja para estudar dança, o Bira, interpretado por Guilherme, se muda de cidade e nunca mais foi citado até o fim da trama. Apesar da boa audiência e repercussão que conquistou ao longo dos meses em que foi exibida, a Globo jamais relembraria esse folhetim.

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Olho no Olho (1993)

Esta novela de Antonio Calmon é muito lembrada pela briga entre o bem e o mal, com raios laser saindo dos olhos de alguns personagens. Além dos conflitos inusitados, boa parte do elenco foi criticada pela má interpretação em cena. O próprio autor reconhece que o folhetim foi um erro da Globo, a começar pela figura do diabo na trama.

"Porque existia a figura do demônio na história. Houve uma certa rejeição por parte do público. Além disso, minha vida particular ficou terrível na época... Figura satânica, nunca mais!", afirmou Antonio Camon no livro Autores: Histórias da Teledramaturgia. Tida como uma novela amaldiçoada, ela nunca foi reprisada na emissora.

Esperança (2002)

Esperança deu trabalho do início ao fim. Vista como a continuação de Terra Nostra, a trama logo afugentou os telespectadores. Além da insatisfação provocada pela baixa audiência, a produção e atores reclamavam nos bastidores pela demora do autor, Benedito Ruy Barbosa, entregar os capítulos.

O escritor não cedeu à pressão da emissora e desistiu de escrever a novela. Em seu lugar, assumiu Walcyr Carrasco, que impôs um ritmo mais dinâmico, mas o estrago já estava feito. Para piorar a situação, Ana Paula Arósio viva um momento difícil na vida pessoal e o ator Luís de Lima morreu no decorrer da trama.

O Sétimo Guardião (2018) nos bastidores da Globo

Com uma trama mirabolante, Aguinaldo Silva, o autor da novela, quis voltar às suas raízes de sucesso no realismo fantástico, mas não deu certo. Sem audiência, nem repercussão, com um casal protagonista difícil de engolir, problemas nos bastidores também deram o que falar.

A co-autoria da sinopse é o primeiro capítulo da novela está sendo sendo disputada na justiça entre Aguinaldo o roteirista Silvio Cerceau, que participou da Masterclass ministrada pelo novelista em 2015. Em outras situações, um figurante da novela infartou durante sua trabalho no set de gravação, atrasos de Marina Ruy Barbosa e a saída de Bruno Gagliasso para retirada de cálculo renal.

Mas o que mais bombou foi o caso do surubão de Noronha, em que foi ventilado que José Loreto, que fazia parte do elenco, havia traído sua mulher na época, Débora Nascimento, com outra atriz da trama.

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