Publicado em 16/09/2021 às 05:07:00
O remake de Pantanal ainda está em início de produção e a novela será a primeira grande aposta da nova direção da Globo, sob a batuta de Ricardo Waddington e José Luiz Villamarim. A trama, que terá assinatura de Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, tem ganhado todos os mimos, desde investimentos financeiros, escolha de elenco e também estratégia de programação para ser beneficiada em seu resultado final.
O NaTelinha apurou que todas as estreias, a partir de agora com novelas inéditas, passam obrigatoriamente pela estratégia para beneficiar Pantanal. Não se tratar de considerar o folhetim como melhor ou pior que os outros, mas nenhuma produção que está para estrear teve o crivo dos atuais diretores e são herança da gestão Silvio de Abreu, por isso não receberão o mesmo tratamento.
A começar por Um Lugar ao Sol, próxima novela das 21h, substituta de Império e que marcará a volta das inéditas para a principal faixa. Diferente do que foi alardeado, a novela nunca foi projetada para ter muitos capítulos e, desde a sinopse a direção da Globo considerava o número ideal entre 120 e 130 capítulos. Neste momento, a novela deverá ter 107 capítulos, mas o número pode ser aumentado em uma semana, a depender da edição.
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Isso porque, segundo fontes explicaram à reportagem, Ricardo Waddington, diretor experiente e que ficou muitos anos como núcleo de novelas, considera meados de março o melhor momento para a estreia de uma novela. Por isso Pantanal irá ao ar nesta época, entre a segunda e a terceira semana do mês. Com isso, ela foge do Carnaval, do calor mais forte e estreia antes da Páscoa a tempo suficiente para já estar consolidada, uma vez que o feriado prolongado será no fim de abril.
O remake da novela de 1990 vem ganhando praticamente todas as disputas travadas nos bastidores, inclusive de elenco. Nomes que estavam reservados para outras novelas, acabaram deixando o trabalho para atuar na produção das 21h, com aval de Waddington e de Villamarim. Nos bastidores, a decisão não chega a incomodar outros autores porque consideram que a estratégia está correta, além de ser bastante transparente.
A reportagem conversou com dois autores que concordam que Pantanal pode ser a novela que devolverá uma estilística própria com linguagem fugindo de mais do mesmo que vem sendo feito nos últimos anos. Por isso mesmo eles consideram que a direção acerta ao investir os tubos na novela. Como o NaTelinha havia antecipado, o investimento financeiro será alto, um dos maiores da história da TV.
Mesmo sendo responsável por todo o entretenimento do canal, Waddington tem feito questão de trabalhar diretamente na montagem de Pantanal porque é sua grande aposta, uma espécie de menina dos olhos. O NaTelinha já havia mostrado que a trama estava prevista para ir ao ar apenas no Globoplay, mas foi ele quem brigou e conseguiu colocá-la na faixa das 21h, ainda antes de assumir a função, tanto que foi ele quem apareceu no Fantástico para falar da novela.
Além disso, enquanto Benedito queria uma atriz mais experiente para o icônico papel de Juma, Waddington apostou em rosto novo e venceu a queda de braço, escolhendo Alanis Guillen, como o NaTelinha também antecipou. Diante disso, a trama virou uma espécie de currículo para o diretor, mas também com alto grau de responsabilidade porque tanto ele quanto Villamarim sabem que a margem para erro estreitou após tantas concessões.
Diante disso, também existem expectativas em torno de Pantanal. A direção da emissora evita falar em números de audiência porque depende-se de vários fatores, como as faixas anteriores, mas a estratégia é para bons resultados. Tanto que a novela estreará quando O Clone estiver se preparando para entrar em reta final na faixa do Vale a Pena Ver de Novo, considerada vital para ajudar no Ibope.
Embora ninguém esconda que Pantanal terá a missão de recuperar a faixa das 21h com números altos, o grande trabalho é pensado em termos de vendas internacionais, por se tratar de um tema sensível ao mundo e de uma obra icônica e também em fazer carreira internacional em premiações. É sempre bom lembrar que a última vez que a Globo venceu um Emmy Internacional por uma novela das 21h foi com Império (2014).
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