Publicado em 18/07/2021 às 08:30:00,
atualizado em 18/07/2021 às 10:03:47
Um dos filmes de maior sucesso dos anos 2000, O Diabo Veste Prada completou 15 anos no último dia 30 de junho. Lançado no Brasil somente em setembro daquele mesmo ano, o longa se tornou um ícone para toda uma geração e, quem diria, serviu de inspiração até para uma novela da Globo.
Em Totalmente Demais (2015), a editora-chefe Carolina Castilho (Juliana Paiva) era tão carrasca quanto Miranda Priestly (Meryl Streep). Assim como sua assistente, Lu (Julianne Trevisol), alvo constante das patadas da chefe igual acontecia com Andy (Anne Hathaway) na produção americana.
Baseada em livro homônimo de Lauren Weisberger, ex-assistente da Anna Wntour, editora da Vogue americana, a trama conta a história de uma jovem jornalista que se muda para Nova York na esperança de conseguir emprego e vai parar na redação de uma das revistas de moda mais conceituadas do mercado, a Runaway.
Desengonçada, a moça se torna uma das assistentes da editora da publicação e e come o pão que o diabo amassou nas mãos de Miranda, cujo passatempo predileto é humilhar seus subalternos.
Vítima de assédio moral, ao invés de desistir, a jornalista dá uma repaginada no visual, se torna uma garota mais antenada com o mundo da moda e graças à sua eficiência acaba se destacando no trabalho, a ponto de ganhar a admiração da chefe que enxerga na jovem alguém como ela foi um dia.
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Com direção de David Frankel, O Diabo Veste Prada arrecadou US$ 236 milhões somente em sua estreia. O filme se destaca não só por abordar o mundo da moda, incluindo o estresse dos bastidores, mas, também, o feminismo ao destacar mulheres ocupando cargos importantes como o de liderança.
Para comemorar os 15 anos do seu lançamento, parte do elenco e a autora do livro se reuniram recentemente e, durante o encontro, Lauren Weisberger negou que o longa seja apenas mais um filme de mulherzinha, e sim uma obra com humor inteligente, agudo e irreverente.
A autora do livro se mostrou otimista com a possibilidade de uma continuação, o que já estaria sendo conversado, e cogitou, ainda, a produção de uma série baseada no filme original. Enquanto nada é confirmado, o NaTelinha destaca algumas curiosidades. Confira!
Antes de Meryl Streep ser confirmada no papel de Miranda Pristley em O Diabo Veste Prada, nomes como Helen Mirren, Jennifer Aniston, Cameron Diaz e Angelina Jolie foram considerados. A escolha foi tão certeira que a veterana atriz ainda faturou uma indicação ao Oscar pelo trabalho.
O visual minimalista de Miranda Priestly transmitia o poder da toda poderosa editora da revista Runaway. Mulher de temperamento forte, ela destacava pelo bom gosto. Apesar de vestir algumas peças Prada, a maior parte das roupas do figurino de Miranda Priestly era assinado pela estilista Donna Karan.
Outra curiosidade sobre o figurino da protagonista é que ele não teria sido inspirado em Anna Wintour, editora-chefe da Vogue), mas em Liz Tilberis, ex-editora da revista Harper's Bazaar já falecida.
Já o icônico cabelo branco da personagem foi uma sugestão de Meryl Streep e deu super certo, sendo, inclusive, copiado por muitas mulheres que pintaram suas madeixas ou assumiram os fios platinados.
Em entrevista a Entertainment Weekly, Meryl Streep disse ter feito uso de técnicas e treinos especiais para dar vida á Miranda Priestly de uma forma mais sincera e profunda, e que mexia com seu lado emocional.
A veterana atriz confessou, ainda, ter se sentido deprimida, e que uma das suas maiores dificuldades era fazer com que o público também percebesse a humanidade na personagem.
Sobre Anne Hathaway, no primeiro dia de filmagem Meryl falou para a colega de cena que ela era perfeita para o papel e que estava feliz em poder contracenar juntas. Na sequência, disparou: "Essa vai ser a última coisa gentil que direi a você".
Durante participação no reality show RuPaul, a atriz revelou um segredo. "Eu fui a nona escolha em O Diabo Veste Prada, mas eu consegui! Então, segurem firme e nunca desistam", disse a jovem. A verdade é que o estúdio estava interessado em Rachel McAdmas para fazer a Andy, mas a atriz recusou mais de uma vez o papel.
Para se fazer notar, Hathaway escreveu "Hire me" (me contrate) na areia do jardim de pedras japonês que ficava na mesa de Carla Hacken, vice-presidente executiva da Fox 2000 Pictures, logo após a reunião que teve com ela.
Impossível não vibrar quando Gisele Bündchen aparece em algumas cenas, ao lado de Emily Blunt na redação da Runuway. Uma delas, logo no início do filme, olhando avaliando a aparência da personagem de Hathaway.
Foi apenas uma pequena participação, mas o suficiente para deixaer os brasileiros orgulhosos. Assim como correu com a protagonista, a top model concorreu com outros nomes e uma das condições para aceitar o convite foi não fazer o papel de uma modelo.
Orçado inicialmente em U$$ 100 mil, o guarda-roupa das personagens acabou custando U$$ 1 milhão. Para conseguir as peças, a figurinista Patricia Field precisou lançar mão de alguns favores e quase todos os itens do filme foram emprestados.
Mamie Gummer, filha de Meryl Streep, fez uma participação especial em O Diabo Veste Prada no papel de uma atendente do Starbucks. Infelizmente, na edição final a cena com a jovem foi cortada.
Antes de conseguir emprego de assistente na revista de moda Runaway, o sonho de Andrea era trabalhar como repórter em um jornal. O filme termina com a jovem sendo contratada para atuar na redação do New York Mirror.
Lançado em 1823, a publicação semanal durou até 1842, quando foi sucedido pelo The New York Mirror, que ficou até 1844. Naquele mesmo ano, os produtores lançaram um jornal diário, o The Evening Mirror, que permaneceu em atividade até 1898.
Uma das características de Miranda Pristly era a acidez com a qual tratava suas assistentes. Por mais de uma vez Andy se sentiu ameaçada. Um exemplo, foi quando a editora exigiu o manuscrito de um livro para as filhas que ainda não tinha sido lançado. “E se você não tiver o Harry Potter até lá, nem precisa voltar!”?".
Ao final do longa, Meryl Streep mudou sua última fala. No roteiro original, ela deveria ter dito “Todo mundo quer ser como eu”, mas disse “Todo mundo quer ser como nós”, uma referência à sua semelhança com a jovem jornalista.
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