Ainda Estou Aqui dribla boicote ideológico e arrecada milhões nos cinemas
Perfis de direita estão sugerindo uma sabotagem ao filme
Publicado em 12/11/2024 às 17:30
Embora esteja sofrendo uma tentativa de boicote ideológico, Ainda Estou Aqui registrou uma arrecadação milionária em seu primeiro fim de semana em cartaz nos cinemas brasileiros. O longa, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, narra a história de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, morto pelo regime militar.
No X/Twitter, perfis que se posicionam politicamente à direita vêm sugerindo que seus seguidores não comprem ingressos para assistir ao filme. "Com medo de Boicote, Fernanda Torres, eleitora de Lula que já afirmou ter preconceito contra crentes, agora pede paz e diz que seu filme 'Ainda Estou Aqui' é para todos... Você vai boicotar o filme?", perguntou o dono da página Primeiro Front.
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Outro internauta que compartilhou o selo de "Boicote sem dó", fez um trocadilho com o nome da obra e disse que não vai prestigiar o filme: "E Ainda Estou Boicotando... E você? Não vou assistir nem de graça".
Alguns ainda estão propagando a fake news de que, por conta do boicote, Ainda Estou Aqui está fracassando nas bilheterias. "Curiosamente, os artistas brasileiros de esquerda não sabiam que grande parte do público que os apoiava e sustentava em sua maioria eram de direita, logo sua arrogância fez com que perdessem esse público e agora estão ficando em dificuldades", afirmou o usuário @novakreis.
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NovakReis
Confira os números de Ainda Estou Aqui
De acordo com dados da Comscore, Ainda Estou Aqui levou 358 mil pessoas às salas de cinema e arrecadou R$ 8,6 milhões apenas em seu fim de semana de estreia. Além do êxito nas bilheterias, o filme venceu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Veneza, concorre à vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2025 e faz Fernanda Torres ser cotada para a disputa de melhor atriz.
A obra de Walter Salles fala sobre os horrores que aconteceram na época da Ditadura Militar, fatos negados por muitos apoiadores da direita que falam em boicotar a produção.
Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o longa mostra a luta da mãe dele, Eunice, pelo reconhecimento de óbito de seu marido após ele ser capturado, torturado e morto pelo regime militar.