Publicado em 22/06/2021 às 04:37:00
A Netflix Brasil anunciou na semana passada a sua nova chefe de conteúdo e que cuidará dos novos projetos de dramaturgia da plataforma de streaming a partir de agosto. Trata-se de Elisabetta Zenatti, experiente produtora e que tem passagem por diversas empresas da área, mas que não é um nome conhecido do grande público por trabalhar majoritariamente fora dos holofotes.
Italiana de nascença, Elisabetta Zenatti vive no Brasil desde 1998 e há 11 anos trabalhava em sua produtora, a Floresta, maior parceira da Sony no país e que fez uma série de projetos nas mais diferentes emissoras de TV aberta. Ela foi contratada pelo serviço de streaming para o lugar de Maria Angela de Jesus, que se desligou neste ano após exercer a função desde a chegada da Netflix no país.
Se Elisabetta é conhecida atualmente por ser a mente por trás do Lady Night, talk show que ela ajudou Tatá Werneck a criar e que era produzida pela Floresta para o Multishow, sua história com o conteúdo de televisão começou muito antes no Brasil, ainda nos anos 90. Em 1998 ela se mudou para o Brasil a fim de assumir a direção de conteúdo da Sony para produtos da América Latina toda.
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Mas a experiência da executiva vai além de simplesmente trabalhar para a gigante internacional, uma vez que, por cinco anos ela esteve à frente da direção de produção e programação da Band, período em que o canal recontratou o Craque Neto e a criação do programa Jogo Aberto (2007), com Renata Fan assumindo a função de apresentadora.
Quando o SBT estreou o Popstars, talent show inspirado no original de criação da RGB, Elisabetta, que era executiva da produtora, assumiu a função de diretora geral da atração e foi uma das responsáveis pela expansão do programa.
Pode-se dizer, portanto, que a nova chefona da Netflix no Brasil é uma das mentes por trás da criação do grupo Rouge, um fenômeno musical do início do século. E mesmo depois da formação do grupo, ela continuou trabalhando diretamente com as meninas, já que se manteve à frente da produtora e serviu de base para fomentar o Rouge no Brasil.
Em 2010, a executiva optou por abrir sua própria produtora, já antevendo a necessidade de investimento em conteúdo original, antes do advento do streaming e foi aí que nasceu a Floresta. Logo a empresa se tornou uma das principais do mercado e passou a ser responsável, não apenas por séries para a TV fechada, mas principalmente para a criação de conteúdo e de programas inteiros.
Pelas mãos de Elisabetta, que tinha o cargo de diretora de conteúdo, a Floresta cuidou do Miss Brasil, do Fábrica de Estrelas, do Tudo pela Audiência, de A Fazenda, do Power Couple e do De Férias com o Ex, entre outros.
Desde a saída de Maria Angela de Jesus existe a expectativa de que a Netflix vá investir em novelas no Brasil, principalmente depois do chefão de conteúdo na América Latina, o Paco, ter dito com exclusividade ao NaTelinha, da intenção da empresa em investir no setor e, agora, com Elisabetta pode ser este o movimento.
Embora com mais experiência em talk show e em programas em geral, a nova diretora de conteúdo da plataforma já foi diretora de uma novela na Band: Floribella (2005). Com isso, pode-se dizer que ela também poderá ter o olhar para este formato.
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