Publicado em 05/11/2020 às 16:13:00
Após ser demitido da Record e da Rádio Jovem Pan, Rodrigo Constantino foi desligado da Rádio Guaíba e do jornal Correio do Povo nesta quinta-feira (5). Em nota enviada à imprensa, o veículo de comunicação diz que tomou essa decisão por conta dos últimos acontecimentos envolvendo o colunista. Na última quarta (4), ele afirmou que não denunciaria possíveis estupradores de sua filha, dependendo dos fatos do suposto episódio, abordando o caso da blogueira Mariana Ferrer.
“Diante dos fatos recentes e em sintonia com a decisão tomada pelo Grupo Record, a Rádio Guaíba e o jornal Correio do Povo optaram por rescindir o contrato com o colunista Rodrigo Constantino, que ocupava espaços semanais na rádio e também no jornal”, disse a rádio em comunicado.
Constantino foi contratado no mês passado para comentar os principais assuntos políticos do Brasil e do mundo no programa Boa tarde, Brasil. Já no Correio do Povo, ele fechou contrato em setembro e era responsável por escrever colunas semanais. Ambos os veículos fazem parte do Grupo Record.
Na manhã de hoje, a empresa do bispo Edir Macedo já tinha anunciado a demissão de Rodrigo do R7 e da Record News. A emissora tomou a atitude em virtude das posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher. O jornalista desabafou em seu perfil do Twitter.
“A Record foi mais um veículo que não aguentou a pressão. O departamento comercial pede 'arrego', pois recebe pressão de fora, dos chacais e hienas organizados, dos 'gigantes adormecidos'. Sim, perdi mais um espaço, mas sigo com minha total independência e com minha integridade”, declarou.
Já ontem, Constantino tinha sido demitido da Rádio Jovem Pan. Segundo apurou o NaTelinha, a nova direção da Jovem Pan cedeu à pressão interna e entendeu que Rodrigo passou de todos os limites, sendo impossível mantê-lo no quadro de funcionários, mesmo ele seguindo a linha de direita que a rádio busca.
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O comentarista abordou na manhã de ontem (4) a absolvição de André de Camargo Aranha, acusado de estuprar Mariana Ferrer em 2018, e disse que se o episódio fosse com a sua filha, a colocaria de castigo e não denunciaria ninguém à polícia.
“Se minha filha chegar em casa, eu dou boa educação para que isso não aconteça, mas a gente não controla tudo, se ela chega em casa e fala: ‘pai, fui pra uma festinha e fui estuprada’. Eu vou falar: ‘Me dá as circunstâncias’. ‘Ah, fui pra uma festinha, eu e três amigas, tinha 18 homens, nós bebemos muito, tava ficando com dois caras e eu acabei dormindo. Fui abusada’. Ela vai ficar de castigo feio, eu não vou denunciar um cara desse pra polícia”, disparou.
“Eu vou dar esporro na minha filha, porque alguma coisa ela errou feio. E eu devo ter errado pra ela agir assim, né? Porque é um comportamento completamente condenável, porque a gente não pode mais falar essas coisas hoje em dia, né? Que existe mulher piranha e mulher decente. Como falei aqui, o homem que faz isso não é decente, mas também não existe a ideia de mulher decente? As feministas querem que não, né? Porque feminista é tudo recalcada, ressentida e, normalmente, mocreia, vadia, odeia homem, odeia união estável, odeia casamento, odeia tudo isso. Só por isso”, continuou.
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