Maria Casadevall assume namoro com mulher: "Heterossexualidade era compulsória"

Maria Casadevall falou pela primeira vez sobre o namoro com outra mulher. A atriz só vinha se relacionando com homens desde que ficou famosa, quando despontou na TV na novela Amor à Vida (2013). Há oito anos, ela viveu um affair com Caio Castro, seu par romântico na trama, romance que chegou ao fim após as gravações de I Love Paraisópolis (2015), em que também contracenaram.

"Eu me relaciono há um ano e meio com uma mulher muito maravilhosa. Ela é baiana e percussionista. Já tinha vivido algumas experiências com mulheres, mas não relacionamentos longos. Percebi que a heterossexualidade para mim era compulsória, eu a via inconscientemente como uma regra", descreveu Maria Casadevall, em entrevista ao jornal O Globo.

Ela foi adiante: "Quando entendi e dei ouvido para o meu corpo, e através do encorajamento de ver outras mulheres, eu me senti à vontade pra viver o que queria". No papo, ela se recusou a falar sobre o envolvimento com Caio Castro no passado. "Não faz mais sentido colocar em pauta esse assunto", diz.

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Falar sobre relacionamento com mulher é um ato político, diz Maria Casadevall

Para Maria Casadevall, assumir o namoro com outra mulher é também um ato político. Feminista, ela estrela a série Coisa Mais Linda, da Netflix, com esse viés. "Comecei a escolher projetos mais voltados para assuntos importantes e urgentes para mim e com um alcance menor em termos de quantidade, mas maior em termos de qualidade e de diálogo com o espectador."

Ainda em entrevista a O Globo, a artista paulistana de 33 anos falou sobre o preço da fama, que lhe é cobrado há quase uma década. "Muitas vezes, foi violento. Fazer da minha presença em algum evento um trabalho, por exemplo, era tão violento que não fazia sentido."

"Sou introspectiva, embora isso pareça uma contradição para uma pessoa que escolheu ser atriz. Entre o ação e o corta e sobre um palco, me expressar é vital. Mas, quando volto para a realidade que não é cênica, tenho dificuldades", concluiu Maria Casadevall.