Publicado em 18/03/2021 às 13:01:12,
atualizado em 18/03/2021 às 13:10:56
A Justiça suspendeu as investigações contra Felipe Neto, abertas após de notícia-crime de Carlos Bolsonaro pelo youtuber ter chamado seu pai, Jair Bolsonaro, de "genocida". No final da manhã desta quinta-feira (18), Neto comemorou a decisão. "Vitória! Justiça suspendeu a investigação! Não passarão", escreveu em postagem no Instagram. Nos Stories, ele ainda fez uma dancinha comemorando o fim das investigações.
O youtuber havia sido intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor após fazer uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro. Por meio do Twitter, o influencer contou que foi envolvido em investigação de "crime contra a segurança nacional".
O famoso adiantou que um dos filhos do presidente foi atrás de um delegado que já tinha o indiciado anteriormente. "Um carro da polícia acaba de vir na minha casa. Trouxeram intimação p/ q eu compareça e responda por CRIME CONTRA SEGURANÇA NACIONAL pq chamei Jair Bolsonaro de genocida. Carlos Bolsonaro foi no mesmo delegado q me indiciou por 'corrupção de menores'. Sim, é isso mesmo", escreveu, mostrando um trecho do documento.
Respondendo a essa publicação, Neto afirmou que isso não passa de uma tentativa de o intimidar por conta de expor opiniões contrárias ao atual governo, e garantiu que não vai parar. "A clara tentativa de silenciamento se dá pela intimidação. Eles querem que eu tenha medo, que eu tema o poder dos governantes. Já disse e repito: um governo deve temer seu povo, NUNCA o contrário. Carlos Bolsonaro, vc não me assusta com seu autoritarismo. Não vai me calar", continuou.
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Em outro momento, ainda explicou o motivo de ter usado o termo em questão a se referir a Bolsonaro, e citou a questão das ações do político na pandemia. "Minha atribuição do termo 'genocida' ao Presidente se dá pela sua nítida ausência de política de saúde pública no meio da pandemia, o que contribuiu diretamente para milhares de mortes de brasileiros. Uma crítica política não pode ser silenciada jamais!", disse.
Para encerrar, mostrou ainda um caso parecido, que ocorreu com outro crítico a Bolsonaro, que foi arquivado. "STJ já arquivou processo de crime contra a segurança nacional por críticas ao Presidente, qnd tentaram silenciar à força Marcelo Feller, justamente por chamar Bolsonaro de genocida. NGM será silenciado à força nesse país por criticar seu pai, Carluxo", concluiu.
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