Publicado em 05/10/2020 às 11:56:00
Ludmilla relatou que mulheres negras precisam se esforçar mais para combater o preconceito do que as brancas. Na visão da cantora, uma das formas para combater o racismo é oferecendo educação para todas as pessoas e cotas para dar maior oportunidade às pessoas pretas. Ela ainda relatou que, apesar da fama, ainda sofre com esse tipo de discriminação racial.
“A mulher preta além de defender o feminismo, tem que se preocupar com a luta contra o racismo. Tudo para a mulher preta dá mais trabalho, tem que ser provado mais vezes. A mulher a preta, por muitas vezes, começa a trabalhar muito cedo e em funções bem inferiores. A mulher preta tem as lutas do feminismo mais a do racismo”, afirmou a funkeira em entrevista para a revista Glamour.
A artista também revelou que continua sofrendo racismo, entretanto, com menor intensidade do que outras pessoas. Na opinião da cantora, isso ocorre por ela ser conhecida do grande público. “Claro que ainda sofro, é verdade que, talvez, se não fosse famosa, as formas fossem mais grosseiras, mas o racismo é uma coisa que está tão incrustada em nossa estrutura, que todos nós precisamos prestar bastante atenção. Nós, pretos, não podemos mais deixar passar”, destacou.
Para acabar com o racismo, Lud acredita que o governo deve apostar em uma melhor educação e oferecer cotas para que mais pessoas negras tenham oportunidades para ingressar em uma faculdade. Ela também ressaltou a importância de oferecer uma saúde de qualidade para todos os cidadãos.
“Vou falar do básico, primeiramente é necessário oferecer educação de qualidade, as cotas estão aí há anos para dar aos meus a oportunidade de ingressar em uma faculdade pública, mas é muito necessário também que a gente tenha condições de pleitear e conquistar a vaga de igual para igual com os brancos que estudaram em colégios bacanas. Em seguida, precisamos falar em saúde de qualidade, porque muitas doenças e desigualdade em saúde vêm das condições em que as pessoas nascem e vivem. As questões sociais, raciais e de gênero estão diretamente ligadas a esse desequilíbrio em saúde. Há um tanto de coisas a melhorar, mas com educação e saúde creio que podemos pensar em um ensaiar esse papo de igualdade”, refletiu.
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Ludmilla tem se empenhado para discutir o feminismo e o racismo. Ela considera primordial discutir o assunto para que ocorram avanços e menos casos de discriminações ocorram no país e no mundo.
“Ao meu ver esse debate tem uma importância primordial, há tempos esse movimento começou, mas só agora ele tomou mais corpo, né? Conseguimos avançar em muitos aspectos, não podemos e não vamos recuar, porque apesar de termos avançado em muitos âmbitos, ainda é pouco, temos mais a conquistar. Espero sinceramente que esse debate traga mudanças significativas. Precisamos eliminar o racismo do mundo, não pode haver diferença, o preto tem que ter as mesmas oportunidades, porque ele também tem capacidade de ocupar os mesmos lugares que os brancos. Enquanto houver desigualdade racial, nosso lugar será de subordinação e seremos invisíveis. Vamos repetir esse discurso como mantra até entrar na cabeça das pessoas. Mesmo!”, completou.
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