Publicado em 25/06/2024 às 12:41:00,
atualizado em 27/06/2024 às 18:32:59
O Canal Viva está focado em reprisar novelas polêmicas e ignoradas pela Globo, como Corpo a Corpo (1984/85), que começou nesta semana, e Viver a Vida (2009/10), com estreia em julho. O objetivo parece claro: fazer frente ao Globoplay, que roubou a atenção dos noveleiros nos últimos anos ao resgatar, para o streaming, a íntegra de tramas clássicas da emissora.
Desde que o Globoplay deu início ao Projeto Resgate, em 2020, o Canal Viva foi perdendo sua relevância junto a esse público específico. Ainda que o canal a cabo mantenha altíssima audiência na TV paga, o streaming parece ter roubado grande parte de sua repercussão.
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Se antes havia um interesse no conteúdo exibido pelo Viva, a mídia e o próprio público passaram, nesses últimos quatro anos, a dar mais visibilidade às histórias resgatadas na plataforma on demand. Pouco do que o canal reprisou repercutiu desde então.
No período, chegaram a ser exibidas novelas que já constavam na íntegra no Globoplay. Além disso, os títulos reprisados são liberados no streaming cerca de um mês após saírem do ar no Viva – no período de exibição na TV a cabo, apenas os assinantes do canal e do pacote especial do Globoplay têm acesso a essas novelas.
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É certo que cada veículo tem seu público, com suas especificidades. Por isso, novelas já resgatadas pelo Globoplay podem ser reprisadas no Viva, até mesmo na Globo, e alcançar sucesso – caso de Alma Gêmea (2005/06), atual cartaz do Vale a Pena Ver de Novo.
Não há como negar, por outro lado, que o Viva esteve num limbo esses últimos anos, com sua importância suplantada pelos resgates do Globoplay. Por isso, a investida em títulos não convencionais e pouco lembrados é uma boa tática para recuperar a relevância perdida.
Nesta semana, o canal a cabo vinculado à Globo passou a exibir Corpo a Corpo (1984/85), novela nunca reprisada e marcada por controvérsias. É o mesmo caso de Viver a Vida (2009/10), título pouco celebrado da carreira de Manoel Carlos que volta em julho.
Ambas as novelas, embora marcantes, foram marcadas por polêmicas. Em Corpo a Corpo, centrada numa trama de pacto com o diabo, parte preconceituosa do público rejeitou o casal interracial formado por Cláudio (Marcos Paulo) e Sônia (Zezé Motta) – a atriz já falou a respeito em entrevistas.
Viver a Vida, duas décadas depois, também levantou um debate sobre o racismo. Houve críticas ao espaço e ao desenvolvimento da protagonista Helena (Taís Araujo), que teve sua importância na trama suplantada por Luciana (Alinne Moraes), vítima de um acidente que passa a viver em uma cadeira de rodas.
A atual programação do Viva também conta com a pouco lembrada Andando nas Nuvens (1999), outra nunca reprisada, e a bem quista, mas ainda ausente no streaming Sinhá Moça (2006). Outra em cartaz, América (2005) já consta no Globoplay, mas também nunca teve uma reapresentação na TV e era campeã de pedidos do público.
O único clássico incontestável na grade é A Viagem (1994), que cumpre a cota daquelas novelas que parecem nunca enjoar a audiência, exibida ali pela terceira vez. Há ainda a temporada 2012 de Malhação e a turca Fatmagul: A Força do Amor (2010).
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