Publicado em 14/02/2022 às 05:30:00,
atualizado em 14/02/2022 às 09:55:20
Tropicaliente chega ao Globoplay nesta segunda-feira (14). Exibida na Globo em 1994, a novela teve boa audiência, mas não chegou a ser um grande sucesso no Brasil. Contudo, na distante e gelada Rússia, onde foi exibida dois anos depois, a ensolarada história de Walther Negrão virou mania.
Nota do jornal O Globo em janeiro de 1996 informou que desde Escrava Isaura (1976), uma novela brasileira não fazia tanto sucesso na Rússia. Com o título Tropikanka, a trama com Herson Capri, Silvia Pfeifer e Victor Fasano havia se tornado líder de audiência no país, que também elegeu as jovens Carla Marins e Carolina Dieckmann como musas.
Por lá, o sucesso foi tanto que a novela foi substituída por Mulheres de Areia (1993), mantendo no ar o litoral brasileiro como cenário. Para pegar carona na fama da antecessora, a novela de Ivani Ribeiro (1922-1995) chegou às residências russas “Segredos de Tropikanka”, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, de agosto de 1996.
Curioso é que, por aqui, Mulheres de Areia foi o verdadeiro fenômeno das 18h na década de 1990, enquanto Tropicaliente passou batida. Esta teve média de 39 pontos, boa para a faixa, mas ficou 10 pontos abaixo das tramas das gêmeas Ruth e Raquel (Glória Pires), exibida no ano anterior. Reprisada uma única vez na Globo, em 2000, foi compactada em 79 capítulos e teve média de apenas 15 pontos, aquém do esperado na época.
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Além de externas no Ceará, as locações de Tropicaliente que encantaram o mundo – a trama também foi vendida para pelo menos outros 15 países, entre eles Indonésia e Turquia –, foram erguidas no município de Aquiraz, perto de Fortaleza. Na época, uma cidade cenográfica recriou uma vila de pescadores em 3 mil metros quadrados. A direção geral era de Gonzaga Blota (1928-2017).
O ponto de partida da história é o reencontro entre a rica Letícia (Sílvia Pfeifer) e o humilde Ramiro (Herson Capri), que vivem um amor na juventude. Ela também é alvo das investidas de François (Victor Fasano), enquanto o pescador hesita em abrir mão do casamento estável com Serena (Regina Dourado).
Tramas paralelas, porém, fizeram mais sucesso, como o triângulo amoroso formado pela filha de Ramiro, Açucena (Carolina Dieckmann), com o filho de Letícia, o jovem vilão Vitor (Selton Mello), e o divertido trambiqueiro Franchico (Cássio Gabus Mendes). Também tornaram-se populares os personagens Cassiano (Márcio Garcia) e Dalila (Carla Marins), que viviam um tórrido romance à beira-mar.
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